FAA e Easa aprovaram o visor duplo frontal na aeronave da Dassault Aviation
Marcel Cardoso Publicado em 02/08/2022, às 16h30
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa) aprovaram o uso do visor duplo frontal da Dassault, conhecido como FalconEye, no Falcon 8X trijet de ultra longo alcance da empresa.
A configuração dupla HUD permitirá, em última análise, uma capacidade “Efvs-to-land” em condições próximas a zero, enquanto se aguarda a nova regulamentação do regulador europeu. "O resultado final é que esta aprovação representa maior segurança e mais capacidade para os Falcons equipados com o FalconEye da Dassault", disse Carlos Brana, Vice-Presidente Executivo de Aeronaves Civis da Dassault Aviation.
Em 2016, a Dassault introduziu o FalconEye, o primeiro sistema de exibição frontal (HUD) a combinar o mapeamento sintético, com banco de dados e imagens reais de câmeras térmicas e de baixa luminosidade. Hoje, uma aeronave equipada com HUD FalconEye pode voar em aproximações de não-precisão a 100 pés.
Vários operadores 8X já programaram a instalação do novo módulo, o que possibilita que ambos os pilotos compartilhem a mesma visão sintética e melhorada, permitindo que um aja como "piloto em voo" enquanto o outro monitora as condições de voo. Os HUDs duplos aumentam a consciência situacional e simplificam o treinamento no mesmo nível de experiência e qualificação para abordagens.
A opção de HUD duplo será certificada no Falcon 6X, que entrará em serviço em meados de 2023, e no Falcon 10X de alcance ultra longo, planejado para a certificação no final de 2025.
O HUD duplo no Falcon 10X levará a configuração a um nível ainda mais avançado no qual poderá servir como o "meio primário de operação do piloto", liberando os pilotos para configurar o painel de instrumentos para outros usos.
Enquanto isso, as atuais aeronaves equipadas com HUD e FalconEye da Dassault podem agora operar até 200 pés com um crédito visual de pista (RVR) de 30% sem a necessidade de aprovação específica do departamento de voo da Easa. O órgão facilitou os requisitos de aprovação após levar em conta as melhorias da tecnologia HUD e Efvs nos últimos 20 anos.