USP desenvolve simulador para estudar reações de pilotos em emergências

Equipamento tem custo estimado em 10% de um simulador convencional

Marcel Cardoso Publicado em 27/10/2021, às 16h50 - Atualizado em 28/10/2021, às 08h16

Cockpit do simulador desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) - Foto: Divulgação

Alunos do Departamento de Engenharia Aeronáutica da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveram um novo simulador de voo, com tecnologia semelhante aos equipamentos até então importados, mas com redução de custo estimada em 90%. O equipamento tem sido utilizado para estudo de reação de pilotos aeronáuticos a situações de emergência, bem como no desenvolvimento de pesquisas na área de Fatores Humanos em Aviação.

O projeto teve início na década de 2000, quando foi criado, inicialmente, um protótipo reduzido da plataforma de movimento, e posteriormente a estrutura que é utilizada hoje em dia. Recentemente, foi inserido o cockpit e feita a integração de software, comandos de voo e sistemas visuais, tornando o conjunto uma alternativa para simulações de diversas condições de voo, já testada com pilotos de diferentes formações. 

O trabalho atual é desenvolver sistemas de controle de movimento que torne a sensação de pilotagem ainda mais realista. Para que um simulador de voo seja autorizado em treinamentos, ele deve passar por uma longa etapa de certificação, então temos muito trabalho pela frente. Mas, para uso em pesquisas relacionadas à segurança de voo, já temos uma ferramenta bastante robusta e operacional”, segundo o professor e atual coordenador do projeto desenvolvido na universidade, Jorge Henrique Bidinotto.

O uso do simulador pode auxiliar no desenvolvimento de pesquisas na área de emergência aeronáutica, contribuindo para o aumento da segurança, bem como para a diminuição dos altos custos de treinamento de pilotos. Bidinotto acredita que ele pode impactar positivamente na diminuição do valor de passagens aéreas no futuro, uma vez que todo esse custo é repassado de alguma forma ao consumidor, e pode tornar o Brasil mais competitivo nesta área.

 

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