Donald Trump, presidente norte-americano, assinou ordem executiva para expandir o uso comercial e governamental de drones nos EUA
Por Marcel Cardoso Publicado em 06/06/2025, às 18h48
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou nesta sexta-feira (6), uma ordem executiva voltada à expansão do setor de sistemas de aeronaves não tripuladas, com o objetivo de fortalecer a liderança norte-americana no desenvolvimento, comercialização e exportação dessas tecnologias.
A medida determina que a agência federal de aviação norte-americana (FAA) amplie operações de drones além da linha visual de visão (“Beyond Visual Line of Sight”) para missões comerciais e de segurança pública. Também prevê a aceleração de testes, desenvolvimento e escalonamento de tecnologias relacionadas à mobilidade aérea avançada e operações autônomas.
A ordem institui ainda um programa-piloto para integração de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), com a seleção de ao menos cinco projetos para aplicações como transporte de cargas e resposta médica emergencial. O texto determina à FAA o uso de ferramentas de inteligência artificial para agilizar processos de autorização e a publicação de uma nova versão do roteiro oficial para integração de drones civis ao espaço aéreo nacional.
Entre as diretrizes, está o fortalecimento da base industrial doméstica de drones, com ênfase na produção nacional, estímulo às exportações e medidas de proteção tecnológica contra influências e riscos externos. A ordem também orienta ações para ampliar a competitividade internacional do setor, incluindo a simplificação regulatória, expansão do acesso a mercados e uso de instrumentos federais de financiamento.
O documento contempla ainda o apoio às forças armadas, com maior acesso a drones de alta performance fabricados nos EUA e otimização do uso do espaço aéreo e do espectro de radiofrequência.
Desde o primeiro mandato, Trump tem promovido ações voltadas à integração dos drones à aviação civil. Em 2017, o então presidente lançou um programa-piloto com governos estaduais, locais e tribais para testes de aplicações inovadoras. A tecnologia também tem sido empregada em ações de patrulhamento da fronteira sul dos EUA e em setores como agricultura de precisão, inspeção de infraestrutura, logística e segurança pública.