Escritório enfrenta a boa aceitação do trabalho em casa e elevados custos de manutenção do edifício
Por Marcel Cardoso Publicado em 20/03/2021, às 16h00 - Atualizado em 22/03/2021, às 23h11
British Airways estuda maneiras de reduzir os custos em meio a drástica redução da demanda
A British Airways poderá vender o seu edifício-sede, próximo ao aeroporto de Heathrow (LHR), em Londres, por conta da ampliação do sistema de home office na empresa.
Com a ampliação do trabalho remoto em diversos setores da companhia, muitos provavelmente se tornando permanentes mesmo após o fim da crise de saúde pública, a British poderá optar por uma sede menor e dentro da atual e futura realidade administrativa.
Segundo o jornal Financial Times, a venda do edifício Waterside pode também dar um alívio nas finanças da companhia, fortemente afetadas pela pandemia e a consequente redução da demanda. O prédio foi inaugurado em 1998 e demandou investimentos de US$ 279 milhões (R$ 1,55 bilhão) na época.
A British Airways afirmou, em comunicado publicado pela agência Reuters, que muitos funcionários gostaram da experiência do trabalho em casa e que possivelmente adotariam o novo estilo de trabalho, o que está permite uma melhor qualidade de vida. Com a boa aceitação do novo estilo de trabalho a empresa avalia a viabilidade de manter um edifício-sede tão grande e oneroso.
Antes mesmo da companhia cogitar vender o Waterside, sua demolição já estava sendo prevista pelo governo britânico, caso o projeto de expansão do aeroporto de Heathrow não tivesse sido barrada pela justiça local, em fevereiro de 2020.
O plano diretor verificou a sua incompatibilidade com compromissos voltados para o combate do aquecimento global dentro do projeto de expansão do principal terminal aeroportuário londrino.
Atualmente a British ainda avalia qual será o destino da sua sede e se vai manter a maioria dos funcionários em trabalho remoto mesmo após o fim da crise de saúde pública.