Tarifas aeroportuárias deveriam ser melhor aproveitadas, diz relatório

Relatório aponta que as tarifas aeroportuárias deveriam atender melhor os passageiros e as comunidades locais

Marcel Cardoso Publicado em 04/04/2022, às 13h40

As tarifas aeroportuárias representam cerca de 5% do valor final das passagens - Divulgação

O Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) divulgou, na última semana, a pesquisa The State of Play: Relatório de Pesquisa de Concorrência, Regulamentação e Tarifas Aeroportuárias, demonstrando a necessidade de modernizar a estrutura das políticas globais de tarifas aeroportuárias para atender o melhor interesse do público que viaja e das comunidades locais.

A pesquisa baseia-se em amplas fontes de dados para fornecer uma visão geral da evolução do setor, uma avaliação dos atuais marcos regulatórios e de cobrança, experiências aeroportuárias com estratégias de regulação e cobrança, lições aprendidas a partir da pandemia de covid-19 e a potencial futura direção da supervisão econômica.

Com base na análise de dados da InterVistas Consulting Inc., consultoria de aviação e mobilidade, os resultados do estudo mostram que, embora as tarifas de serviços aeronáuticos representem até 54% das receitas dos aeroportos, a cesta completa de tarifas aeroportuárias representa, do ponto de vista do consumidor, apenas 5,1% da tarifa média da passagem aérea básica, mais taxas acessórias. As taxas de pouso cobradas das companhias aéreas representam apenas 1% da tarifa da passagem aérea. Os dados observados mostram que os aeroportos fortemente regulamentados estão associados a tarifas unitárias mais altas em comparação aos modelos mais leves.

Uma vez que o custo direto das tarifas aeroportuárias (cobradas dos passageiros e das companhias aéreas) para os consumidores é pequeno em termos do preço final do bilhete, incluindo taxas acessórias das companhias aéreas, devem ser consideradas novas abordagens de supervisão econômica para garantir uma melhor utilização da capacidade aeroportuária por meio de preços flexíveis, da promoção do desenvolvimento de infraestrutura para conectividade e benefícios socioeconômicos, e do fornecimento de incentivos de cobrança para abordar questões de congestionamento, ruído e impactos das mudanças climáticas.

O relatório será apoiado por uma próxima análise regional independente, que fornecerá detalhes mais específicos para as regiões da África, Ásia-Pacífico, Europa, América Latina e Caribe, Oriente Médio e América do Norte.

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