Swiss reduz frota em 15% e vai demitir quase 500 funcionários

Maioria dos dispensados são comissários de bordo e funcionários de solo

Marcel Cardoso Publicado em 21/06/2021, às 10h40 - Atualizado às 13h37

Companhia do Lufthansa Group foi duramente afetada pela pandemia

A Swiss International Air Lines confirmou que vai retirar de serviço 15% das aeronaves da frota e demitir 492 funcionários. As alterações estruturais internas são um reflexo de uma reorganizão necessária para adequar a empresa a nova realidade imposta pela pandemia. 

Por ora, não foi definido quais aeronaves de grande porte serão aposentadas, podendo ser cinco Airbus A330 ou A340, além de outras dez aeronaves de fuselagem estreita. No caso dos aviões de corredor único (narrow body), a maioria está operando atualmente pela Helvetic Airways, em wet lease (sub-arrendamento).

A previsão é uma redução da frota dos atuais 97 para 82 aviões. Um dos maiores cortes já feito pela empresa suíça desde que foi criada no início dos anos 2000, em substituição a Swissair.

No rol das demissões serão 334 comissários, 131 funcionários da equipe de solo e 57 membros da Swiss Technics, divisão de manutenção da companhia. Outras 58 pessoas fecharam acordo de redução salarial e permanecerão com seus respectivos empregos.

Estamos convencidos (...) de que este é o caminho certo a seguir se quisermos pagar nossos empréstimos bancários, recuperar nossa capacidade de investir e manter nossas credenciais competitivas”, disse Dieter Vranckx, CEO da Swiss. 

Em 2020, o Lufthansa Group, controlador da Swiss, teve prejuízo recorde de € 6,7 bilhões (R$ 40,2 bilhões), como resultado dos efeitos da pandemia no setor aéreo. A empresa alemã historicamente se destacou por boa rentabilidade, mesmo em momentos de incerteza, mas não foi capaz de superar os efeitos desastrosos do fechamento de fronteiras para o setor aéreo.

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