Saab estará a frente do programa da nova aeronave de combate sueca
Por André Magalhães Publicado em 02/06/2022, às 07h55
A Suécia iniciará desenvolvimento de nova aeronave de combate, confirmando um acordo de desenvolvimento feito com a Saab, empresa responsável pelos projetos de caças suecos há várias décadas.
A Administração Sueca de Material de Defesa (FMV, na sigla em inglês), fez um pedido a Saab referente ao desenvolvimento de uma futura aeronave de combate, em um acordo de pesquisa orçado em 250 milhões de coras suecas (US$ 25,7 milhões).
“Estou muito satisfeito por termos recebido este pedido, que permite o desenvolvimento de capacidades futuras. Isso significa que podemos intensificar nosso trabalho para desenvolver novos conceitos, tecnologias e outros esforços necessários para alcançar capacidade operacional relevante e que prepararão o futuro para as tecnologias de caça da Saab”, disse Jonas Hjelm, vice-presidente sênior e chefe da área de negócios Aeronáutica da Saab.
Muito pouco se sabe sobre o projeto sueco, mas tendo como base outros programas europeus em andamento, é provável que a Saab invista em significativas tecnologias em especial furtivos, criando assim uma aeronave invisível aos radares.
Países europeus como o Reino Unido e Itália têm no Tempest um programa para um futuro avião de combate furtivo que conta com a participação da própria Saab. Já a França e a Alemanha estão desenvovendo o Fcas, que prevê também um novo caça avançado, capaz de substituir no médio prazo seus Eurofighter Typhoon e Dassault Rafale.
O cenário histórico da aviação de combate da Europa se divide, basicamente, em dois grandes projetos: o Eurofighter Typhoon, projeto conjunto entre a Alemanha, Itália, Reino Unido e Espanha; e o Dassault Rafale, projeto independente francês.
Também de forma independente, e correndo isolado como o terceiro grande programa europeu, os suecos desenvolveram, ainda na década de 1980, o Gripen. O caça leve criado pela Saab está na segunda geração, com o Gripen E/F e foi escolhido em 2013 para equipar a Força Aérea Brasileira.