Sistema MCAS volta a ser preocupação no 737 MAX

Autoridade de aviação dos EUA recomenda inspeção em mais de 460 aviões em serviço

Por Gabriel Benevides Publicado em 17/06/2021, às 14h30 - Atualizado às 15h21

Sistema MCAS foi responsável por proibição de voos do 737 MAX ao longo de vinte meses

Os operadores do Boeing 737 MAX deverão realizar uma verificação adicional nos sistemas de controles automatizados do avião.

A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) anunciou ontem (16) uma diretiva de aeronavegabilidade (AD) para os operadores do Boeing 737 MAX exigindo que as empresas aéreas realizem a inspeção no MCAS (Sistema de Estabilização Automática – em tradução livre)

Desde desde dezembro de 2020 estava em vigor uma diretiva recomendando que os modelos da família 737 MAX que estiverem com mais de 6.000 horas de voo passassem por inspeções obrigatórias no sistema.

A nova AD alerta sobre potencial falha latente de uma função do sistema de controle de voo, que combinadas a determinadas manobras incomuns ou com outra falha do sistema de controle de voo, pode ocasionar na perda de controle do avião.

Segundo a FAA, cerca de 461 aeronaves estariam com esta falha de sistema de controle de voo, sendo que 72 aeronaves estão nos Estados Unidos e as demais 389 unidades estão espalhadas em todo o mundo, incluindo o Brasil.

A FAA também disse está enviando uma notificação contínua de Aeronavegabilidade à Comunidade Internacional (CANIC) destacando a importâncias das inspeções contínuas no 737 MAX.

O avião se notabilizou por dois acidentes envolvendo falhas no sensores de Ângulo de Ataque (AoA, em inglês) e o no sistema MCAS. No final de 2020 as autoridades dos Estados Unidos e Brasil recerticiaram o avião que ficou proibido de voar por vinte meses. Porém, a FAA continua exigindo uma série de medidas adicionais para manter o elevado nível de segurança do avião.

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