Setor aéreo é impactado por tensões após medidas do governo dos EUA

Companhias aéreas e concessionárias de aeroportos registraram perdas após medidas do governo Donald Trump

Por Marcel Cardoso Publicado em 07/04/2025, às 11h01

A posição de investidores é de cautela em meio às tensões - Guilherme Amâncio

As ações das principais companhias aéreas e concessionárias de aeroportos que atuam no Brasil encerraram a última semana em queda. O movimento foi impulsionado por incertezas econômicas e novas tensões comerciais após medidas anunciadas pelo governo dos EUA.

Na bolsa de valores, investidores adotaram uma postura cautelosa diante do cenário global. A Azul Linhas Aéreas teve desvalorização de 7,14% no período. As ações da Latam Airlines caíram 6,5%, enquanto os papéis da Gol Linhas Aéreas recuaram 0,71%.

Entre os operadores aeroportuários, a espanhola Aena, responsável por mais de quinze aeroportos no Brasil, registrou queda de 3,4% em suas ações. A alemã Fraport, que administra os aeroportos de Fortaleza (FOR) e Porto Alegre (POA), teve desvalorização de 1,89%.

As oscilações refletem a preocupação dos investidores com uma possível desaceleração da economia global. As recentes tarifas comerciais elevam a incerteza sobre o impacto no setor aéreo, tanto no transporte de passageiros quanto de cargas.

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Em março, uma coalizão formada por quinze entidades do setor de aviação enviou uma carta aos secretários de Transporte e Comércio dos Estados Unidos, além do representante de Comércio, solicitando uma isenção para o setor aeroespacial nas tarifas recentemente impostas pelo governo Trump sobre importações do Canadá e do México.

No documento, as entidades alertam que a cadeia de suprimentos da aviação envolve milhares de fornecedores globais que fornecem componentes altamente regulados e que não podem ser facilmente substituídos. Elas defendem que minimizar interrupções no fornecimento é essencial para manter a competitividade da indústria aeroespacial dos EUA.

No mês anterior, Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre as importações de aço, alumínio e produtos derivados, impactando diversos países, incluindo o Brasil.

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