Setor aéreo dos EUA quer mais rigor contra passageiros indisciplinados

Taxa de ocorrências dobrou em 2021, em relação ao ano anterior

Marcel Cardoso Publicado em 24/09/2021, às 08h55 - Atualizado às 09h11

Morosidade na investigação dos casos é uma das maiores queixas do setor - Foto: Divulgação

Membros do Congresso e do setor de aviação dos Estados Unidos estão pressionando reguladores por mais rigor contra o alto número de ocorrências envolvendo passageiros indisciplinados nos voos de companhias aéreas do país.

Em 2021, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA), a taxa de incidentes deste tipo teve forte queda, mas ainda é o dobro do registrado no ano anterior. O uso obrigatório de máscaras a bordo é uma das maiores causas de discórdia.

A Delta Air Lines sugeriu que as companhias compartilhem entre si as listas de banidos dos voos durante a pandemia de covid-19, para tentar reduzir comportamentos considerados agressivos. A Comissão de Transportes do Congresso norte-americano, por sua vez, disse que este papel deveria ser dado à FAA.

O Departamento de Justiça (DOJ) também foi cobrado pela demora para conduzir investigações envolvendo passageiros indisciplinados. Em sua defesa, o órgão alega tratar este caso da mesma forma que os demais. A legislação local prevê até 20 anos de prisão para quem interferir ilegalmente na condução dos voos.

O último caso aconteceu na última quarta-feira (22), em um voo da JetBlue. Um passageiro se irritou com uma ligação telefônica mal sucedida a bordo e tentou invadir o cockpit dos pilotos. No caminho, ele agrediu uma comissária e depois foi contido pelos demais tripulantes até o pouso em San Juan (SJU), onde foi preso.

 

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