Red Bull Air Race chega ao fim e encerra 16 anos de disputas aéreas

Última prova ocorreu no Japão e campeonato foi oficialmente cancelado

Por Edmundo Ubiratan | Fotos: Divulgação Publicado em 19/09/2019, às 17h00 - Atualizado às 17h20

Rio de Janeiro foi palco de duas provas, a primeira em 2007

Após 16 anos a Red Bull anunciou o fim do Air Race, a tradicional competição aérea onde pilotos enfrentavam um circuito fechado em provas de melhor tempo. A derradeira prova ocorreu em Chiba, no Japão, consagrando o piloto australiano Matt Hall como o último vencedor do campeonato.

O evento era considerado um dos mais importantes do calendário da aviação e também um dos mais caros. Ainda que o Red Bull Air Race tenha passado por diversas mudanças ao longo dos anos, a corrida continuava bastante popular e atraia públicos consideráveis.

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Em 2019 a Red Bull havia confirmado apenas quatro provas, metade do número usual ao longo dos anos. Houve o planejamento para incluir três provas extras no calendário, que seriam disputadas na Arábia Saudita, Estados Unidos e possivelmente uma prova extra na Ásia. As provas adicionais foram retiradas do cronograma, ao mesmo tempo que a Red Bull anunciou que 2019 seria o último da competição.

O evento passou pelo Brasil por duas vezes, ocorrendo sempre no Rio de Janeiro. A primeira delas, em 2007, foi considerada a prova com maior número de expectadores da história do Red Bull Air Race, com público estimado em mais de 1 milhão de pessoas.

O ano de 2007 marcou também a primeira disputa sobre o solo, com a etapa de Monument Vally, nos Estados Unidos

A temporada final consagrou Matt Hall campeão mundial, com 81 pontos, apenas um a frente do japonês Yoshihide Muroya, que terminou em segundo na classificação geral. O terceiro lugar ficou com o tcheco Martin Sonka, seguido do inglês Bem Murphy e do norte-americano Kirby Chambliss.

Última prova foi disputada no Japão, consagrando o australiano Matt Hall como o último vencedor do campeonato

O Red Bull Air Race teve sua primeira prova em 2003, tendo sido um evento planejado para agregar acrobacia aérea, voo de alta performance e disputa por melhor tempo. A solução foi um circuito fechado, diferente do existente em outras competições aéreas, consagrando assim a competição no mundo. Entre os idealizadores do projeto estava o piloto húngaro Peter Besenyei, que disputou o campeonato por vários anos. No ano seguinte houve uma remolação do projeto, incluindo novos pilones infláveis e manobras. Ao todo foram realizadas três provas com 11 pilotos disputando o campeonato. O ano de 2005 marcou o acréscimo de novas provas, totalizando sete no calendário, que percorreram a Europa e estados Unidos. A primeira disputa fora do eixo Europa-UA ocorreu no Rio de Janeiro, em 2007, que ainda contou com a primeira disputa em um circuito em terra, em Monument Vally, nos Estados Unidos.  O evento manteve novas provas e pilotos até 2010, quando foi suspenso por quatro ano, retornando por dois anos, nos campeonatos de 2014 e 2015. Após uma revisão do projeto 2019 retornou com as competições, mas agora com o anuncio que o projeto foi definitivamente cancelado.

Red Bull Air Race visitou diversas cidades ao redor do mundo, como Istambul, na Turquia

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