Recuperação do transporte aéreo de carga continua em ritmo lento

Junho apresentou melhora em relação ao mês de maio, mas ainda longe dos números de 2019

Por Edmundo Ubiratan Publicado em 29/07/2020, às 13h00 - Atualizado às 13h51

Transporte cargueiro sofreu com a redução dos voos de passageiros e paralisação da atividade econômica 

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) divulgou os resultados global do transporte aéreo de carga de junho, mostrando índices ligeiramente melhores em relação ao mês de maio. Ainda assim, com crescimento em ritmo mais lento do que sugerem alguns dos principais indicadores tradicionais.

De acordo com a associação, a demanda global, medida em toneladas de carga por quilômetro (CTKs), reduziu 17,6% em junho, em relação ao mesmo período do ano anterior. No comparativo apenas nas operações internacionais houve uma queda de 19,9%. Ainda assim os resultados gerais mostram uma pequena melhoria em relação à queda de 20,1% registrada em maio.

Já a capacidade global de carga aérea, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTK), diminuiu 34,1% em junho em relação ao mesmo mês de 2019, resultado semelhante à queda de 34,8% registrada em maio. Comparado apenas nas operações internacionais retração foi de 33,9%.

Conforme esperado, a capacidade de transporte de carga internacional utilizando aeronaves de passageiros diminuiu 70% no mês de junho, na métrica com o mesmo período de 2019. A redução ocorreu após à interrupção da maior parte dos voos de passageiros por causa da pandemia de covid-19. Todavia, houve um aumento de 32% na capacidade com o uso otimizado de aeronaves de carga.

"O transporte aéreo de carga está, de longe, mais saudável do que o mercado de passageiros, mas os negócios continuam enfrentando desafios”, apontou Alexandre de Juniac, diretor geral e CEO da IATA.

A associação ainda destaca que embora o mundo esteja assistindo uma retomada na atividade econômica, ainda não houve um aumento significativo na demanda em todos os setores. A maior parte das empresas e consumidores estão aguardando novos sinais positivos da economia para voltarem ao consumo.

“A corrida para levar equipamentos de proteção individual (EPIs) aos vários mercados diminuiu com a normalização das cadeias de suprimentos, permitindo que os despachantes usem opções mais baratas, como o transporte marítimo e ferroviário. Além disso, a crise de capacidade continua por conta do ritmo mais lento na retomada das operações de passageiros", completou de Juniac.

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