Airbus concluí com sucesso projeto de operação autônoma dedicado as aeronaves comerciais
Por Gabriel Benevides Publicado em 30/06/2020, às 10h00 - Atualizado às 15h42
Sistema de câmeras consegue ler perfil da pista (destaque em verde) pertimitindo aeronaves operarem sozinhas
Após dois anos de testes, a Airbus concluiu com êxito o seu projeto Autonomous Taxi – Take-Off and Landing (ATTOL). O sistema permite que o, procedimento, de taxi, decolagem e aterrisagem de um avião comercial ocorram de forma completamente autônoma.
O sistema ATTOL realiza os complexos processos com base no monitoramento de imagens de vídeo através de uma tecnologia de reconhecimento e imagem a bordo — o primeiro do tipo na aviação. O sistema tem uma lógica similar ao reconhecimento facial de dispositivos biométricos, que efetuam a leitura de parâmetros pré-determinados.
O procedimento de decolagem autônomo é uma evolução do sistema já existente, com o avião seguindo um perfil de saída padrão. A diferença está na capacidade de manter o alinhamento da pista durante a corrida, assim como tirar o avião do solo sem o comando dos pilotos.
Já o pouso automático é possível há vários anos, por meio do sistema de pouso por instrumento (ILS, na sigla em inglês). A diferença também é a capacidade do avião manter o alinhamento da pista e realizar a desaceleração de forma automática, podendo inclusive iniciar o taxiamento na sequência.
No total, foram realizados mais de 500 voos de testes, sendo 450 desses dedicados à coleta de dados brutos de vídeo, para suporte e ajustes de algoritmos, enquanto uma série de seis voos de testes, cada um incluindo cinco decolagens e pousos, foram usados para testar recursos de voo autônomos.
O projeto ATTOL tem como objetivo explorar tecnologias de automatização durante o voo, incluindo o uso aprendizado de máquina, ferramentas automatizadas para identificação de dados, assim como processamento e geração de modelos.
O objetivo da plataforma é diminuir a carga de trabalho dos pilotos, permitindo que a tripulação se concentre menos nas operações da aeronave e mais na tomada de decisões e no gerenciamento de missões.
A Airbus afirma que após completar esta fase do desenvolvimento, considerada fundamental no projeto, continuará a pesquisa e aplicação de tecnologias autônomas, incluindo outras inovações em áreas como materiais, sistemas de propulsão alternativos e conectividade.