Negócio que pode estar avaliado em R$ 76,2 bilhões e apresenta evolução natural de frota na empresa árabe
Marcel Cardoso Publicado em 26/01/2022, às 07h50 - Atualizado às 17h53
Apesar de ser uma evolução natural de frota, o caso mostra estreitamento de relações com a Boeing | Foto: Divulgação.
A Boeing está em avançadas negociações com a Qatar Airways para fechar um grande pedido de 50 aeronaves cargueiras de nova geração, do modelo 777X, em um negócio que pode estar avaliado em US$ 14 bilhões (R$ 76,2 bilhões).
A confirmação deve sair já no início de fevereiro, quando o emir do Catar, o Sheik Tamim bin Hamad al-Thani, visitará os Estados Unidos. Atualmente, a divisão cargueira da companhia possui 26 777-FDZ em sua frota, entregues entre maio de 2010 e junho de 2021.
Este pode ser o primeiro grande pedido de aeronaves da Boeing com esta configuração em 2022, o que seria um grande revés para a concorrente Airbus, que está sendo processada pela Qatar Airways por acusações de má qualidade na pintura de unidades do modelo A350.
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Em resposta a este movimento, a fabricante cancelou unilateralmente um pedido de 50 aviões do modelo A321neo. A companhia aérea descreveu a decisão como ‘uma questão de profundo pesar e frustração’ e que seguirá com a ação judicial adiante, além de continuar recusando a receber novas entregas de widebodies.
O diretor geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) e ex-CEO do grupo que controla a British Airways, cliente de longa data da Airbus, Willie Walsh, fez um alerta para que fornecedores não devem explorar a força do mercado, em alusão à disputa judicial. “Eu odiaria pensar que um dos fornecedores está aproveitando sua força atual no mercado para explorar sua posição, e isso é algo que estamos observando muito de perto", afirmou em entrevista coletiva.