Problema técnico atrasa em 14 horas voo que deveria buscar passageiros da Thomas Cook

Autoridades britânicas estão fretando diversos aviões para repatriar mais de 150.000 cidadãos afetados pela quebra da companhia aérea

Por Edmundo Ubiratan | Fotos: Divulgação Publicado em 26/09/2019, às 12h00 - Atualizado às 16h12

Boeing 747 da Atlas Air fretado para repatriar passageiros da Thomas Cook sofreu uma pane antes de poder realizar o voo, gerando um atraso adicional de 14 horas

Um dos voos fretados para repatriar passageiros britânicos afetados pela falência da Thomas Cook sofreu um problema, gerando um atraso extra de 14 horas. Um Boeing 747-400 da Atlas Air fretado para realizar um voo entre Orlando e a Manchester apresentou uma falha que o impediu de voar através das normas de separação vertical.

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O avião havia decolado de Manchester para Orlando e problema ocorreu ainda sobre o Reino Unido, obrigando um pouso na Irlanda. Segundo o site Aviation Herald, houve um mau funcionamento do sistema que tornou a aeronave não compatível com os critérios mínimos de separação vertical reduzida (RVSM).

O chamado RVSM é uma regra de voo em vigor desde janeiro de 2005 e aplicada em diversas regiões do mundo, que reduziu para 1 mil pés (300 m) a separação vertical entre 29.000 pés e 41.000 pés (FL290 e FL410). Anteriormente a regra, a separação mínima vertical entre aeronaves era de 2 mil pés (600 m). A redução na distância permitiu um melhor aproveitamento do espaço aéreo, melhorando a gestão do tráfego em regiões congestionadas. Para voar em locais sob regra RVSM a aeronave deve contar com uma série de sistemas que permitam sua operação segura.

O Boeing 747 da Atlas Air apresentou uma falha que impediu de voar dentro do espaço aéreo RSVM, exigindo uma escala não programa, atrasando a partida de Orlando em 14 horas. Um dos desafios das autoridades britânicas tem sido planejar o retorno de mais de 150.000 cidadão do país após a falência da Thomas Cook, que deixou mais de 600.000 passageiros sem voo. O custo estimado para repatriar os cidadãos do Reino Unido é orçado em mais de £ 600 milhões (R$ 3 bilhões) e deverá prover voos para clientes da falida empresa aérea até o dia 2 de outubro. Os clientes da Thomas Cook que tinham retorno programado para datas posteriores deverão arcar com a volta.

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