Regulador da aviação da Índia identificou 90 pilotos que fizeram treinamento em simulador do 737 MAX com defeito
Marcel Cardoso Publicado em 13/04/2022, às 08h30
Quase cem pilotos indianos foram afastados da operação regular após as autoridades constatarem que o treinamento ocorreu em um simulador do 737 MAX com defeito. A falha pode ter comprometivo o aprendizado em lidar com situações de emergências.
A Direção Geral de Aviação Civil da Índia (Dgca) afastou 90 pilotos da Spicejet, uma das maiores empresas aéreas da Índia, que não estavam aptos a pilotar o 737 MAX, da Boeing.
A determinação foi motivada por uma falha no simulador usado pelos profissionais onde o chamado 'stick shaker', que emite fortes vibrações e ruídos avisando os pilotos que a aeronave está próxima do estol, apresentava falhas graves.
Os pilotos terão de fazer o treinamento completo novamente e obter a certificação para poderem voltar a atuar. “No momento, impedimos esses pilotos de pilotar o 737 Max e eles precisam treinar novamente com sucesso para pilotá-lo. (...) Tomaremos medidas rigorosas contra os responsáveis pelo descaso”, segundo o chefe do regulador indiano, Arum Kumar, em entrevista a uma emissora de TV local.
A Spicejet é a única companhia aérea da Índia que possui o Boeing 737 MAX em sua frota, com treze aeronaves no total. Elas voltaram a operar comercialmente em agosto de 2021, mais de dois anos após terem sido proibidos de voar globalmente.
Os acidentes fatais envolvendo aviões da Lion Air e da Ethiopian Airlines, motivaram a suspensão dos voos com a frota mundial de 737 MAX até que medidas corretivas fossem adotadas pelo fabricante.