Simulação melhora nível dos aviadores e ainda permite cria base para uso militar futuro
Por Gabriel Benevides Publicado em 16/06/2021, às 13h00 - Atualizado às 13h51
China trabalha na ampliação do uso de inteliência artificial na aviação militar
A força aérea do exército chinês (PLA) implantou o uso de inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) a partir de um simulador de combate aéreo autônomo para realizar o treinamentos dos pilotos em situações de batalhas.
Segundo a força aérea, o uso da inteligência artificial a partir de supercomputadores tornará mais eficaz o treinamento dos pilotos, ampliando as suas habilidades e tomadas de decisões durante ambientes reais de batalhas, além de ter um menor custo operacional e mitigar os riscos de simulações de combate em voo real.
Estes computadores inteligentes são programados para aprender como os pilotos se situam e agem durante uma batalha, prevendo as suas habilidades e as futuras movimentações dos seus oponentes. Nos Estados Unidos uma plataforma similar aprendeu manobras durante simulações com os melhores pilotos militares do país, após meses de aprendizado o computador foi capaz de vencer todos os seus oponentes sem grande dificuldade.
De acordo com relatórios da PLA, em diversas ocasiões a inteligência artificial foi capaz de superar os seus oponentes humanos durante as batalhas simuladas.
A força aérea informou que Fang Guoyu, líder de uma brigada do PLA, que foi campeão em um exercício de combate de confronto anterior, foi abatido durante uma simulação de batalha que tinha como oponente uma aeronave com inteligência artificial. Assim como nos Estados Unidos, a inteligência artificial já colecionou outras vitórias contra outros pilotos veteranos nos últimos anos.
Todos estes resultados só foram possíveis após o sistema coletar dados e aprender como os pilotos reais se comportam durante as sessões de treinamento, onde a inteligência artificial aprende as novas táticas, aprimorando automaticamente as futuras batalhas contra os humanos.
Para os próximos anos, a PLA espera implantar o uso de inteligência artificial em suas aeronaves de combate, permitindo o sistema interagir diretamente com o piloto em um cenário real de guerra ao calcular as melhores opções táticas no campo de batalha. Dessa forma o piloto poderá tomar a melhor decisão possível, já que o computador não estará exposto a situações de estresse humano durante os confrontos.