Decisão poderá manter fora de serviço, ao menos até o ano que vem, diversos caças F-35 atualizados com a versão TR-3
Por André Magalhães Publicado em 13/06/2023, às 17h35
O Pentágono e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos resolveram não aceitar alguns caças F-35 Lightning II com a atualização Technology Refresh 3 (TR-3). Por ora, os aviões deverão ficar estocados na fábrica da Lockheed Martin, em Fort Worth, Texas.
A previsão é que esse lote fique paralisad até o final deste ano, ou então até a primavera de 2024. Um dos entraves é a incerteza sobre as capacidades efetivas de combate promovidas pela TR-3. Até a comprovação das capacidades o Pentágono espera manter os jatos em solo.
“A partir deste verão, aeronaves F-35 saindo da linha de produção com hardware TR-3 não serão aceitas até que a capacidade de combate relevante seja validada de acordo com as expectativas de nossos usuários", disse o F-35 Joint Program Office em nota.
Entre as melhorias oferecidas pelo TR-3 estão o aumento da memória dos computadores, a ampliação da capacidade de processamento e display melhorado.
Uma nova atualização, o TR-4, é esperada para os próximos lotes, que deve adicionar novas capacidades e melhorar sistemas existentes.
"Nossa equipe está totalmente dedicada a entregar aeronaves Tech Refresh 3 (TR-3) do F-35 e continuará trabalhando com o JPO no desenvolvimento de software, mantendo os mais altos níveis de segurança e qualidade", afirmou a Lockheed Martin em nota
Atualmente os militares norte-americanos estão recebendo os lotes de F-35 da atualização TR-2, com 35 unidades já entregues e em serviço.
"Continuamos entregando aeronaves na configuração TR-2 conforme planejado", destacou a Lockheed Martin.
Interrupções na entrega do F-35 já ocorreram outras vezes, sendo a mais significativa em setembro do ano passado, quando o Pentágono descobriu uma liga iga de origem chinesa que foi usada na produção um "ímã chave". Embora na ocasião tenha sido afirmado que possivelmente nem o fabricante da liga metálica soubesse seu emprego final, com fins militares, as autoridades optaram por suspender a produção do componente com matéria prima chinesa e substituir os módulos já instalados. A linha de montagem do caça foi retomada em outubro.
Na época, a Lockheed Martin confirmou que os futuros imãs seriam produzidos com matéria-prima comprovadamente produzida nos Estados Unidos.