Aeronaves movidas com o novo combustível serão realidade até 2035
Marcel Cardoso Publicado em 21/06/2021, às 09h50 - Atualizado às 13h28
Projeto de aeronave movida a hidrogênio feito pela Airbus e que poderá entrar em serviço em 2035
Os principais aeroportos que atendem Paris receberão investimentos para a instalação de uma nova infraestrutura para receber aeronaves movidas a hidrogênio (H2).
Para isso, a Airbus, a Air Liquide, empresa que atua no segmento de gases industriais e a Groupe ADP, que administra os aeroportos de Orly (ORY) e Charles de Gaulle (CDG), assinaram um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) para preparar as bases para que o processo possa ser realizado até 2035.
A partir do acordo, os sistemas de produção, armazenamento e distribuição de H2 serão definidos dentrode um plano de viabilidade de modo a encontrar um conceito para a nova infraestrutura.
O primeiro passo será um estudo usando um painel representativo de cerca de trinta aeroportos em todo o mundo para avaliar as configurações potenciais para a produção, fornecimento e distribuição de hidrogênio líquido. Em seguida, serão elaborados cenários e planos detalhados para Orly e Charles de Gaulle.
“Devemos agir agora acelerando o desenvolvimento do setor de hidrogênio de modo a nos prepararmos para o futuro”, disse Matthieu Giard , membro do Comitê Executivo do Grupo Air Liquide e vice-presidente de atividades de hidrogênio.
A comunidade europeia acredita que já na próxima década serão certificados os primeiros aviões movidos a hidrogênio. A Airbus trabalha em novos conceitos e projetos que podem viabilizar a tecnologia no médio prazo.
“Devemos nos preparar, a partir de hoje, para receber aeronaves a hidrogênio até 2035, transformando nossos aeroportos em hubs de hidrogênio, o que (...) permitirá a descarbonização das viagens aéreas”, de acordo com Edward Arkwright, do Groupe ADP.