Cerca de 1,5 milhão de iPhones foram enviados por avião da Índia aos Estados Unidos desde março
Por Gabriel Benevides Publicado em 10/04/2025, às 20h01
Desde março, a Apple fretou seis aeronaves cargueiras nas últimas semanas para transportar cerca de 1,5 milhão de iPhones da Índia para os Estados Unidos. A manobra estratégica visa contornar tarifas de importação de até 145% sobre produtos chineses, impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Para acelerar os processos logísticos, a Apple negociou com autoridades indianas a redução do tempo nos trâmites aduaneiros no Aeroporto Internacional de Chennai. A empresa ampliou a sua produção em território indiano por meio das fabricantes Foxconn e Tata. A planta passou a operar inclusive aos domingos para atender à demanda crescente.
A Índia tem ganhado relevância na cadeia de suprimentos da Apple. Em 2024, as exportações de iPhones do país alcançaram US$ 6 bilhões, demonstrando o esforço da companhia em diversificar sua produção e reduzir a dependência da China.
As ações das principais companhias aéreas e concessionárias de aeroportos que atuam no Brasil encerraram a última semana em queda. O movimento foi impulsionado por incertezas econômicas e novas tensões comerciais após medidas anunciadas pelo governo dos EUA.
Em março, uma coalizão formada por quinze entidades do setor de aviação enviou uma carta aos secretários de Transporte e Comércio dos Estados Unidos, além do representante de Comércio, solicitando uma isenção para o setor aeroespacial nas tarifas recentemente impostas pelo governo Trump sobre importações do Canadá e do México.
No documento, as entidades alertam que a cadeia de suprimentos da aviação envolve milhares de fornecedores globais que fornecem componentes altamente regulados e que não podem ser facilmente substituídos. Elas defendem que minimizar interrupções no fornecimento é essencial para manter a competitividade da indústria aeroespacial dos EUA.
No mês anterior, Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre as importações de aço, alumínio e produtos derivados, impactando diversos países, incluindo o Brasil.