Grupo Árabe registrou perdas que superaram os R$ 30,5 bilhões
Por Marcel Cardoso Publicado em 15/06/2021, às 08h00 - Atualizado às 11h30
Emirates ainda mantém a estrutura da frota baseada nos A380 e 777
Após enfrentar um dos mais desafiadores períodos de sua história, a Emirates registrou prejuízo de US$5,5 bilhões (R$ 28 bilhões) no ano financeiro encerrado em 31 de março.
O grupo árabe, que engloba também a dnata, empresa de serviços aeroportuários, teve perdas totais de US$ 6 bilhões (R$ 30,5 bilhões).
A reversão dos lucros foi consequência dos efeitos da pandemia do coronavírus no setor. Um dos entraves para a Emirates foi sua estrutura de rotas de longo alcance, com uma frota composta exclusivamente pelos Airbus A380 e Boeing 777.
“A pandemia de covid-19 continua causando um grande impacto em vidas humanas, comunidades, economias e na indústria de aviação e viagens. Em 2020-21, a Emirates e a dnata foram duramente atingidas pela queda na demanda por viagens aéreas internacionais, uma vez que os países fecharam suas fronteiras e impuseram rígidas restrições às viagens”, disse o Sheik Ahmed bin Saeed Al Maktoum, CEO da Emirates Group.
A companhia aérea teve redução de 66% nas receitas, para US$ 8,4 bilhões (R$ 42,7 bilhões). O mesmo percentual negativo foi observado nas receitas do grupo, que foram de US$ 9,7 bilhões (R$ 49,3 bilhões).
Houve também baixas nos ativos, com onze aeronaves retiradas da frota e o número de funcionários foi reduzido em 31%, atingindo todas as partes do grupo. Porém, com a renegociação de contratos e a readequação das operações foram poupados US$ 2,1 bilhões (R$ 10,7 bilhões).
Apesar da crise, a Emirates afirmou ter investido US$ 1,3 bilhão no ano financeiro, a fim de adquirir novas aeronaves e tecnologias para o mercado futuro. “Ninguém sabe quando a pandemia vai acabar, mas sabemos que a recuperação será irregular. Economias e empresas que entraram em tempos de pandemia em uma posição forte estarão em melhor posição para se recuperar”, disse Al Maktoum.
O governo de Dubai trabalha para viabilizar a rápida retomada do transporte aéreo e o turimo internacional, considerados fundamentais para a estrutura econômica do país.