Visando o combate ao garimpo ilegal em território Yanomami, segunda fase de missão da FAB terá corredores de voos controlados
Por André Magalhães Publicado em 07/02/2023, às 08h20 - Atualizado às 11h10
A Operação Escudo Yanomami, que inclui a Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida), visando o combate ao garimpo ilegal em território Yanomami, entrou em sua segunda fase, que permite corredores de voos controlados para a saída espontânea de pessoas não-indígenas das áreas de garimpo ilegal.
Ao todo, são três corredores que foram abertos na tarde de segunda-feira (6), e ficarão em uso até o próximo dia 13 de fevereiro. Contudo, ainda há regras a serem seguidas por estas aeronaves, uma delas é a se manter dentro dos limites laterais e verticais estabelecidos.
Novas Diretrizes da Zona de Identificação de Defesa Aérea.
— Força Aérea Brasileira 🇧🇷 (@fab_oficial) February 6, 2023
Documento tem o objetivo de permitir a saída de pessoas não-indígenas de regiões onde há prática do garimpo ilegal.
Saiba mais: https://t.co/o9b9r0hB4d@govbr @DefesaGovBr pic.twitter.com/BY96jtGkgC
As aeronaves que não cumprirem com as regras estão sujeitas às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (Mpea), incluindo interceptação e, em última instância, o tiro de detenção.
"A alteração na Zida acrescenta, ainda, que as aeronaves que decolarem de localidades distantes desses corredores devem voar perpendicularmente até ingresso em um deles, para após prosseguirem em seu voo. Os corredores são de seis milhas náuticas (NM) de largura, o que equivale a cerca de 11 quilômetros", publicou a FAB.
A Operação Escudo Yanomami foi deflagrada no dia 1 de fevereiro, pelo Decreto Presidencial nº11.405/2023. A operação envolve a participação das Forças Armadas nas ações da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal.
A FAB atua nas missões de defesa aérea com o caça leve A-29 Super Tucano e os aviões de alerta aéreo aproximado R-99 e E-99, ambos instalados na base aérea de Boa Vista, capital de Roraima.
Além disso, os militares cumprem missões humanitárias, seja no transporte de enfermos, lançamentos de suprimentos e ainda com o apoio de um hospital de campanha.