Processos de ensaios avançados ocorreram antes mesmo do avião voar pela primeira vez
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 04/03/2022, às 14h14
Os Estados Unidos avançam no desenvolvimento do novo bombardeiro de última geração, capaz de superar as principais defesas aéreas inimigas e ainda transportar as mais poderosas armas do arsenal da força aérea.
Anunciado em meados de 2016, o B-21 Raider promete ser o mais avançado e poderoso bombardeiro da atualidade, superando os B-2 e B-1B, da própria força aérea norte-americana e abrindo ampla vantagem sobre os rivais russos.
Atualmente seis aviões estão em produção, demonstrando um ritmo de desenvolvimento elevado. Um dos motivos é o uso extensivo de processos de engenharia totalmente digitalizados. Além disso, a linha de produção foi automatizada em vários processos, permitindo avançar rapidamente com elevada qualidade.
Grande parte dos sistemas foram testados em bancadas de ensaios avançadas, assim como rodaram em complexos ensaios em computador, que permitiram avaliar eventuais falhas antes mesmo do avião começar a ser montado.
A Northrop Grumman, que é responsável pelo desenvolvimento do avião, promete elevada capacidade de combate, custos operacionais menores que do B-2 e a possibilidade de empregar basicamente todo o arsenal de bombas e mísseis existente, incluindo armas nucleares e a bomba convencional BGU-57, que pesa mais de 13 toneladas e foi criada para atingir alvos subterrâneos fortificados, como bunkers com até 60 metros de profundidade.
O primeiro voo deverá ocorrer ainda em 2022, em um período de grande instabilidade nas relações entre os Estados Unidos, Rússia e China.
Ainda que os russos e chineses tenham anunciado e voado alguns caças furtivos nos últimos anos, nehum dos dois países trabalha em um modelo rival para o B-21. Os chineses estão focados em novas tecnlogias de armas, como mísseis hipersônicos e os russos na continuidade de seus projetos furtivos, com destaque ao Sukhoi Checkmate.