Mitsubishi atrasa novamente certificação do SpaceJet

Projeto que acumula seis mudanças de cronograma deverá ser entregue apenas em 2023

Por Gabriel Benevides Publicado em 19/06/2020, às 17h00 - Atualizado às 17h44

Lançado em 2007, avião regional da Mitsubishi sofre com atrasos e mudanças constantes no programa e prazos

A Mitsubishi Aircraft anunciou mudanças estruturais em sua operação como resposta as mudanças no setor da aviação geradas pelo impacto da covid-19 na economia global. Entre as mudanças está o foco em obter a certificação para o SpaceJet M90, que novamente teve seu cronograma alterado, devendo ser agora entregue em meados de 2023.

O fabricante japonês foi forçado a que repensar as suas prioridades e mudar o foco do desenvolvimento da família SpaceJet, que ao longo dos últimos treze anos passou por uma série de alterações e acumula sete atrasos consecutivos.

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Com a pandemia a empresa está diante de novo ambiente de negócios, que passa a exigir o desenvolvimento de um novo plano operacional para este ano fiscal. Após a reestruturação organizacional, será feito alguns ajustes e aprimoramento no design do M90, em nível de projeto da aeronave e validando os dados obtidos nos mais de 3.900 horas de testes de voo.

Para alcançar as mudanças de plano operacional, a empresa concentrou-se em reter a experiência e seus conhecimentos globais que desenvolveu nos últimos anos. O presidente da Mitsubishi Aircraft, Takaoki Niwa, continuará a gerenciar os negócios gerais da empresa, enquanto Keisuke Masutani, diretor do conselho, continuará a ajudar na gestão corporativa, e Hiroyuki Tatsuoka, diretor do conselho, apoiará o desenvolvimento e a tecnologia em geral.

Já os demais cargos deverão passar por novas designações e mudanças, buscando pessoal capacitado para desempenhar um papel ativo a nível global para contribuir com o desenvolvimento da indústria da aviação e na certificação do primeiro jato comercial japonês.

Além disso, a Mitsubishi trabalha nos processos para absorver o programa CRJ, adquirido da Bombardier, por aproximadamente US$ 500 milhões.

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