Matrícula de aviões no Brasil ganha nova sequência com a série PS

ANAC trabalha na fase de desenvolvimento e testes para liberação da nova marca de nacionalidade

Por Edmundo Ubiratan | Imagens: Divulgação Publicado em 17/07/2019, às 11h00 - Atualizado em 18/07/2019, às 18h10

O Brasil deverá ampliar suas marcas de nacionalidade de matrícula, adicionando ainda este ano o prefixo PS- em complemento a sequência PR, PP e PT, em uso atualmente. Adicionado no início dos anos 2000, a série PR dava continuidade aos registros brasileiros, que até então estavam restritas as combinações PP e PT, adotadas no começo do século 20.

A ampliação da frota era prevista, com a reserva do prefixo PS para aeronaves homologadas. Após quase duas décadas a Anac trabalha na fase de desenvolvimento e testes para liberação da marca de nacionalidade PS.

LEIA TAMBÉM

REGULAMENTAÇÃO SURGIU NOS PRIMÓRDIOS DA AVIAÇÃO

Os primeiros aviões da Varig ostentavam a sequência P-, como este Dornier Merkur, no inicio dos anos 1930

Por normas internacionais, cada aeronave civil deve ser registrada com marcas de nacionalidade e de matrícula, conforme uma sequência internacional aprovada pela Organização Internacional da Aviação Civil, uma agência especializada das Nações Unidas criada em 1947, tendo hoje 191 países-membros e dedicada a regulamentação internacional da aviação.

A primeira regulamentação internacional para registro de aeronaves ocorreu em 1919, durante o International Air Navigation Convention, que aconteceu em Paris. Na ocasião o Brasil adotou o prefixo P- seguido de quatro letras para registro de suas aeronaves, que deveria começar com a sequência P-AAA.

Até o inicio dos anos 2000 a maior parte dos aviões comerciais ostentavam a marca PP, enquanto a aviação geral normalmente empregava a série PT.

Uma nova convenção internacional, ocorrida em Washington, em 1927 e realizada pela International Radiotelegraph Convention, revisou as marcas nacionais. O Brasil então adotou a sequência PT para aeronaves da aviação geral e PP para aviação regular. Os Estados Unidos passaram a utilizar a série N seguia de até cinco caracteres alfanuméricos, enquanto o Reino Unido optou pela série G (Great Britain) seguida de quatro letras, assim como a Alemanha escolheu a letra D (Deutschland), mais quatro letras, a França a letra F (France) também seguida de quatro letras, entre outros países. Curiosamente na ocasião a letra B estava disponível, mas o Brasil escolheu uma sequência não relacionada a primeira letra de seu nome, como fizeram outros países. A letra B foi adotada pela China.

O prefixo PR passou a ser utilizado por toda aeronave civil e homologada, indepdente de sua aplicação, seja da aviação geral ou regular

Ainda que existam algumas restrições nos registros de aeronaves brasileiras, que excluí algumas séries de combinações SOS, VFR, IFR, IMC, entre outros, a mais recente combinação PR- começa a esgotar suas reservas. A adoção já prevista do prefixo PS deverá proporcionar mais uma ou duas décadas de registros ao país.

O prefixo PU, também detido pelo Brasil, é restrito a modelos experimentais, dedicado aqueles que não serão homologados, como o caso das aeronaves leves esportivas. 

Em contato recente da redação, a Anac esclarece que ao contrário do informado anteriormente, a reserva PS-BFF é uma marca ainda de teste interno da agência, Além disso, está trabalhando no desenvolvimento e testes para liberação da marca de nacionalidade PS, sem uma data definida.

* Atualizado em 18 de julho de 2019 às 12h30

ASSINE AERO MAGAZINE COM DESCONTO

Gol ICAO Anac Varig matrícula PT PU PR ultraleve