Concessões de três dos maiores aeroportos do país completam 10 anos
Marcel Cardoso Publicado em 16/09/2022, às 08h17
Três dos maiores aeroportos do país, localizados em São Paulo (GRU), Brasília (BSB) e Campinas (VCP), estão completando 10 anos sob controle da iniciativa privada. Juntos, eles responderam por mais de 80% do total de passageiros que circularam pelo país no primeiro semestre do ano, com mais de 37 milhões de embarques realizados.
VCP, administrado pela Aeroportos Brasil Viracopos, inaugurou um novo terminal em 2016 e passou a ter capacidade para atender 25 milhões de passageiros/ano. Também foram direcionados recursos na construção de novos pátios de aeronaves, um novo edifício-garagem e uma nova via de acesso de veículos ao aeroporto. No total, foram investidos aproximadamente R$ 4,1 bilhões nas obras.
Em julho de 2017, a concessionária demonstrou interesse em devolver o aeroporto para o governo federal, mas após este voltar a ser lucrativo em 2021, houve o interesse da empresa em desistir do pedido, já formalizado à União, mas isto deverá esbarrar em uma cláusula do contrato de concessão, onde diz que a devolução é irrevogável.
Em Guarulhos, que é administrado pela GRU Airport, um edifício garagem e um novo terminal de passageiros foram erguidos, que ampliou a capacidade do maior aeroporto do país. O espaço ainda contou com melhorias para aumentar o conforto e a agilidade no embarque e desembarque, como a modernização do terminal 2 e a ampliação do quantitativo de lojas e restaurantes.
Por fim, o aeroporto da capital federal possui atualmente voos para os 26 estados e duas pistas operando simultaneamente, sendo o único no país a conquistar tais fatos. A Inframerica, concessionária do terminal, prevê para os próximos anos a expansão do aeroporto, com a construção de um complexo de três empreendimentos: um shopping, um centro de logística e um espaço de entretenimento.
Recentemente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) leiloou mais três blocos de aeroportos. Juntos, eles processam cerca de 16% do total do tráfego de passageiros do país, o equivalente a mais de 30 milhões de passageiros por ano, segundo dados de 2019, antes da pandemia de covid-19.