Com 1.046 voos diários o mês reflete crescimento de 7,8% em relação ao movimento de abril
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 17/05/2021, às 17h40 - Atualizado às 17h48
Janeiro havia sido o último mês com crescimento no número de decolagens domésticas
Segundo dados da Anac, a malha aérea doméstica brasileira registrou em maio uma ligeira retomada, com média de 1.046 voos diários dia. O total é equivalente a 43,4% da oferta de voos na primeira semana de março de 2020, dias antes da pandemia atingir o Brasil.
A melhora ao longo do mês reflete um crescimento de 7,8% em relação ao movimento de abril, quando a média diária foi de apenas 854 decolagens, ou 35,6% da oferta normal prevista para o mês.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a partir de maio de 2020 as empresas aéreas nacionais começaram a registrar uma retomada gradual da operação, alcançando o pico de 1.798 decolagens diárias em janeiro de 2021, ou 75% da oferta diária de partidas em relação ao início de março de 2020. Porém, a demanda reduziu novamente após os casos da segunda onda da pandemia se alastrarem por todo o país.
Em fevereiro a média diária recuou para 1.469, o que equivale a 61,2% da malha aérea pré-crise, no mês seguinte a oferta diária de voos domésticos teve novo recuo, com 1.177 decolagens, ou 49% da oferta regular de voos.
Porém, com a vacinação avançando em todas as regiões do Brasil, a expectativa é de uma melhora constante na demanda de transporte aéreo.
“Esse resultado mostra o reflexo positivo da vacinação para a leve recuperação da demanda por viagens aéreas domésticas na comparação de maio com abril”, comentou Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.
O transporte aéreo regular ainda acredita que serão necessários vários meses até a normalização da demanda e dos processos de viagens retomarem aos padrões anteriores a pandemia. “É importante lembrar, porém, que o severo impacto da pandemia na aviação ainda faz com que seja necessária a manutenção de medidas emergenciais para que possamos retomar a operação aérea de forma sustentável ao longo do tempo”, completou Sanovicz.