Linha de produção do 737 MAX será retomada em breve

Primeiras fuselagens armazenadas serão enviadas para a Boeing nos próximos dias

Por Gabriel Benevides Publicado em 10/05/2020, às 12h00 - Atualizado às 13h05

A Boeing iniciou o processo para retomar as linhas de montagem do 737 MAX, previsto para ocorrer nas próximas semanas. A expectativa é que o avião seja finalmente recertificado e que as entregas das unidades estocadas recomecem assim que houver uma normalização dos bloqueios sanitários causados pela COVID-19.

O fabricante solicitou a Spirit AeroSystems, um dos principais fornecedores do 737 MAX, que retomasse a sua produção, após quase quatro meses de pausa das atividades. O anuncio ocorreu em meio a pandemia, mas poderá dar certa vantagem competitiva ao programa, visto que permitirá atingir plena capacidade justamente quando o setor aéreo estiver apresentando uma curva de crescimento.

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A Spirit AeroSystems é fornecedora de mais de um terço do 737 MAX, sendo responsável pela construção da fuselagem, que viaja de trem entre as instalações no Kansas, no centro dos Estados Unidos, até a unidade de produção da Boeing nos arredores de Seattle. A paralisação na linha de montagem, somado aos efeitos do novo coronavírus levou a companhia a reduzir drasticamente o ritmo de produção. Das 215 fuselagens solicitadas antes da pandemia, o fabricante enviará apenas 125 por conta das incertezas que rodeiam a aeronave e os efeitos da crise. A Spirit não descarta demitir mais funcionários mesmo com o retorno das suas atividades. O objetivo é ajustar a capacidade a nova realidade do mercado nos próximos meses.

Segundo um porta-voz da Boeing, a companhia está trabalhando para ter o esforço necessário para reiniciar, de maneira gradual, a linha de montagem final do 737 MAX nas próximas semanas, sem especificar uma data exata de quando a planta de Renton voltará a funcionar completamente. Após não conseguir obter a recertificação do avião em 2019, a Boeing paralisou totalmente a produção em janeiro de 2020, semanas antes do mundo assistir a maior crise de saúde pública dos últimos cem anos. A liberação dos voos do 737 MAX devem ocorrer até o final de setembro.

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