KLM é forçada a alterar voos por problemas em motores

Os problemas nos motores PW na frota de jatos E2 da Embraer fizeram com que a KLM mudasse a programação de voos

Por Marcel Cardoso Publicado em 11/05/2023, às 08h50 - Atualizado às 17h45

Cerca de 15 aeronaves do modelo mais novo de jatos da Embraer utilizam motores PW1900G - Divulgação

Uma subsidiária regional da KLM anunciou hoje (11) que está fazendo ajustes operacionais nos seus voos, por conta de problemas nos motores da família PW1000G, da Pratt & Whitney, presentes na frota de jatos E2, da Embraer.

Update KLM Cityhopper https://t.co/0M3Sj6AJz9

— KLM Newsroom (@KLM_press) May 11, 2023

Cerca de quinze aeronaves utilizam a variante PW1900G, que também é utilizada no Airbus A220, na família A320neo e no russo Irkut MC-21.  Em um comunicado, a companhia informou que, “devido a dificuldades técnicas, a KLM Cityhopper está lutando para implantar totalmente o E2. A KLM Cityhopper está em negociações com a Embraer e a fabricante de motores Pratt e Whitney para encontrar uma solução para esses problemas, que não afetam a segurança de voo.

Como medida para tentar contornar a situação, as unidades do modelo E190 que seriam devolvidos aos arrendadores, permanecerão em operação por mais tempo e alguns contratos de arrendamento temporário de aviões (wet lease) deverão ser feitos.

Os problemas nos motores PW têm sido motivo de dor de cabeça para algumas companhias aéreas nos últimos meses. O maior deles aconteceu na indiana Go First, que entrou com um pedido de recuperação judicial na última semana, cinco meses depois que mais da metade da frota do A320neo ficou inoperante por falta de reposição de material.

No Brasil, a Azul Linhas Aéreas utiliza os equipamentos nos jatos E2. Procurada por AERO Magazine, a companhia aérea enviou a seguinte nota: "A Azul informa que as aeronaves E2 possuem motores PW1923G-A, que são de nova geração, com tecnologias mais eficientes e econômicas que as da geração anterior. Como toda nova tecnologia, eles exigiram um trabalho de colaboração de implementação entre o fabricante e o operador, o que a Azul fez como prioridade. Como resultado, apresentou uma redução de até 28% no consumo de combustível por assento na comparação com a aeronave E1, por exemplo. Atualmente, são 16 aeronaves E2 da Embraer que atuam em aproximadamente 40 aeroportos do Brasil e não há programação de alteração da malha por conta da aeronave."

A Embraer também foi procurada, mas o fabricante não se manifestou até a publicação desta matéria.

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