Javier Milei deverá assinar decreto para resolver a crise na Aerolíneas Argentinas

Decreto de privatização da Aerolíneas Argentinas deverá ser assinado para privatização da empresa aérea, porém, encontra barreiras com sindicato

Por Micael Rocha Publicado em 30/09/2024, às 17h42

Assinatura de um projeto de desestatização da aérea vem encontrando resistência por parte dos sindicatos, que têm organizado protestos contra a privatização - Divulgação

O presidente da Argentina, Javier Milei, deve assinar um decreto para facilitar a privatização da Aerolíneas Argentinas, buscando revitalizar a companhia aérea estatal. O anúncio foi feito pelo porta-voz do presidente, Manuel Adorni, na última sexta-feira (27).

De acordo com Adorni, o decreto visa acelerar o debate no Congresso sobre a privatização da Aerolíneas, estatal que vem acumulando déficits e recebeu mais de US$ 8 bilhões em subsídios desde sua renacionalização, em 2008. Além disso, o governo também está em negociações com empresas estrangeiras para operar os voos domésticos da Aerolíneas.

A medida vem encontrando resistência por parte dos sindicatos, que têm organizado greves e protestos contra a privatização. Os trabalhadores exigem aumentos salariais e se opõem à transferência da empresa para o setor privado. A Aerolíneas Argentinas emprega mais de mil pilotos e possui uma frota de 81 aeronaves ativas.

O governo defende a ideia de que a privatização permitirá melhorar a eficiência comercial da companhia, aliviando a carga financeira sobre os contribuintes e promovendo um ambiente competitivo no mercado aéreo. Porém, o Congresso ainda pode barrar a medida, como ocorreu com propostas anteriores envolvendo a estatal aérea.

 

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