O aeroporto do Galeão (GIG) concentrará a maior parte das operações da companhia
Marcel Cardoso Publicado em 09/07/2021, às 14h15 - Atualizado às 17h13
Incentivos e baixa concorrência ajudaram na escolha do Rio de Janeiro como hub da Itapemirim
A escolha da ITA Transportes Aéreos pelo aeroporto internacional do Rio de Janeiro (GIG) como seu principal centro de operações (hub) é resultado de um pacote de incentivos fiscais público-privados.
Embora parte das operações esteja concentrada em São Paulo, a itenção é tornar o aeroporto internacional Rio de Janeiro o principal da companhia. A estratégia está alinhada a intenção de evitar aeroportos com grande presença de concorrentes, como Guarulhos, onde a Latam e a Gol possuem vasto domínio, e Viracopos, em Campinas, principal Hub da Azul.
O projeto foi encabeçado pela Secretaria Estadual de Turismo e pela Riotur, vinculada à prefeitura carioca, visando manter a atratividade do aeroporto internacional do Rio de Janeiro, que vem sofrendo uma forte redução na demanda.
No fim de maio, foi sancionada uma lei que reduz de 13% para 7% a alíquota do imposto sobre o querosene de aviação, beneficiando também outros aeroportos com voos comerciais no Estado, como o Santos Dumont (SDU), Macaé (MEA) e Cabo Frio (CFB). Estima-se que o custo operacional possa ser reduzido em até 40% com a medida.
A RIOGaleão, concessionária do aeroporto, também aposta na posição geográfica estratégica na ligação para as regiões Sul e Nordeste, bastante explorada pela Gol, mas ainda sofre com graves problemas de mobilidade não resolvidos depois da Copa do Mundo da Fifa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
A ITA contará com outros três centros secundários de operações, localizados nos aeroportos de Guarulhos (GRU), Confins (CNF) e Brasília (BSB).