Rússia está modernizando industria local para atender aos complexos requisitos exigidos por seu mais avançado avião
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 14/08/2020, às 16h00 - Atualizado às 17h03
Imagens inéditas mostram linha de produção do avançado Sukhoi Su-57
O Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens da segunda versão de produção do caça furtivo Sukhoi Su-57. A aeronave foi apresentada as autoridades do país em sua linha de montagem em Komsomolsk-on-Amur.
Atualmente, unidade industrial da UAC, da qual faz parte da Sukhoi, em Komsomolsk-on-Amur está passando por uma ampla modernização de suas capacidades de produção para permitir o estabelecimento de uma avançada linha de montagem dedicada aos caças de quinta geração Su-57.
Considerada uma das principais fábricas de aeronaves de combate da Rússia, a unidade teve de se adaptar a novos padrões de produção e montagem exigidos pelo caça, que requer cuidados adicionais no manuseio de componentes.
“Em Komsomolsk-on-Amur as capacidades de produção foram atualizadas e reequipadas, o que nos permite cumprir o cronograma do plano de aquisição do Ministério da Defesa, onde planejamos entregar as 76 aeronaves [encomendadas] Su-57 até 2028 ”, comentou Ilya Tarasenko, CEO da Sukhoi, em conversa com o Sergei Shoigu, Ministro da Defesa, durante visita as instalações industriais.
A Rússia reviu o pedido original para o Su-57, reduzindo para apenas 76 pedidos firmes. Ainda que eventuais lotes adicionais possam ser solicitados, a estratégia russa prevê uma frota diversificada com aeronaves de quarta e quinta geração.
O Su-57 foi a resposta russa aos caças F-22 e F-35, dos Estados Unidos, que desequilibraram as capacidades globais de defesa aérea e ataque. Entretanto, a Rússia acabou se tornando o terceiro país ter em operação um caça furtivo de quinta geração, já que a China declarou seu J-20 operacional pouco antes dos russos completarem as certificações do Su-57.
Aliás, um Su-57 sofreu um acidente, com perda total, quando caiu dezembro de 2019 em uma área florestal no território extremo oriente de Khabarovsk. Foi a primeira perda do novo jato de combate russo, que levou as autoridades estabelecerem uma força tarefa para investigar as causas da queda.