Associação pediu reunião urgente com o governo para entender a aplicação das regras
Marcel Cardoso Publicado em 30/06/2021, às 13h00 - Atualizado às 16h33
Argentina não informou como serão distribuidos os assentos limites do novo decreto | Foto: Martín Romero.
Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) condenou o último decreto do governo da Argentina que ampliou as restrições para voos internacionais. O despacho publicado na sexta-feira (25), reduziu o limite diário de chegadas de 2.000 para apenas 600, sob alegacão de tentar frear o avanço da variante Delta do novo coronavírus.
A associação pediu uma reunião urgente com autoridades do país, questionando como serão distribuídos os lugares e como as empresas aéreas serão comunicadas.
“No mínimo, o governo precisa informar como os 600 assentos serão distribuídos entre as companhias aéreas que prestam serviço internacional de passageiros ao país. Isso deve ser feito de forma não discriminatória e transparente e, portanto, solicitamos uma reunião urgente com os responsáveis”, disse Peter Cerdá, vice-presidente regional da Iata nas Américas.
A Iata teme que a medida, caso seja mantida e tenha sido criada sem critérios técnicos poderá tornar ainda mais difícil a recuperação da já complicada economia argentina.
“Ao tomar tais decisões unilaterais em tão pouco tempo, o governo corre o risco de isolar ainda mais o país”, alertou Cerdá.
Até o fim da última semana, o aeroporto internacional de Buenos Aires (EZE) recebia nove voos semanais de São Paulo (GRU), único terminal brasileiro com conexão direta para o país vizinho, realizado pela Latam Airlines, Ethiopian Airlines e Turkish Airlines.
Na próxima quinta-feira (1), estava previsto o reinício das operações da British Airways, com voos procedentes de Londres (LHR), com escala em Guarulhos, utilizando o Airbus A350-1000. Porém, não existe esclarecimentos de como será a reintrodução do serviço no mercado argentino.