O Sistema de Gerenciamento Térmico e de Energia do F-35 criado pela Honeywell foi ampliado para 80kW, mais que dobrando a capacidade atual
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 15/03/2024, às 14h00
A Honeywell demonstrou com sucesso a capacidade de atualizar a atual capacidade de resfriamento do Sistema de Gerenciamento Térmico e de Energia (PTMS) do F-35 para 80kW.
O sistema térmico tem sido um dos grandes desafios do programa F-35, com o caça exigindo uma grande quantidade de energia. Os novos conjuntos eletrônicos e aviônica avançada planejada para gerações futuras ampliaram o consumo de energia e consequentemente a geração térmica. A capacidade de resfriamento da Honeywell agora excede, em muito, as atuais necessidades de resfriamento de 32 kW das forças armadas dos EUA e de seus aliados.
A Honeywell tem sido fornecedora do PTMS do F-35 nas últimas duas décadas e agora ampliou a capacidade para apoiar os futuros requisitos de modernização dos sistemas de missão, que poderão mais do que dobrar sua capacidade.
Um dos destaques do PTMS é oferecer maior capacidade ao mesmo tempo que utiliza a base de fornecimento e a rede de sustentação já existentes. Para demonstrar a capacidade de resfriamento de 80 kW, a Honeywell usou um sistema digital duplo existente do PTMS, que utilizou dados de mais de 2.500 horas de testes de desempenho nas instalações de testes da Honeywell e mais de 750.000 horas de experiência em voo. O módulo incorporou avanços de baixo risco em trocadores de calor, controlando as alterações que otimizam ainda mais o desempenho do sistema
Ainda que não tenha agregado grandes mudanças, sendo alterações pontuais de projeto, foi possível ampliar significativamente o potencial de resfriamento, mantendo simultaneamente todas as interfaces críticas existentes com os sistemas térmicos do avião, sem reprojetos invasivos ou simultaneidade.
“Demonstramos com sucesso que não apenas atendemos às atuais necessidades operacionais do F-35, mas estamos prontos para atender futuras atualizações de modernização do F-35 sem a necessidade de alterações caras na aeronave, tanto para cenários de adaptação futura quanto de modernização. ” disse Matt Milas, presidente de Defesa e Espaço da Honeywell Aerospace Technologies.
Um dos desafios do projeto foi evitar um reprojeto do módulo e a necessidade de grandes alterações estruturais no avião, o que ampliaria os prazos e poderia significar um aumento nos custos do programa F-35. Desde 2006, mais de mil PTMS foram entregues, com mais de 750.000 horas de voo registradas. Além de fornecer sistemas de refrigeração a bordo do F-35, o PTMS também atende a muitos outros propósitos críticos para a segurança de voo.
“Ao permitir que os F-35 atualizem a capacidade de resfriamento dentro de nossa arquitetura PTMS existente, podemos agora eliminar os riscos que de outra forma adviriam da qualificação e implementação de um novo sistema que custaria bilhões de dólares aos contribuintes sem qualquer benefício adicional”, destacou Milas.