Venezuela amplia número de destinos que atendem aos interesses do governo Maduro
Por Marcel Cardoso Publicado em 26/03/2021, às 16h00 - Atualizado às 16h56
Conviasa voa atualmente para o Irã e Síria, destinos com pouco apelo comercial ou turistico com a Venezuela
A embaixada russa na Venezuela anunciou, na quinta-feira (25), que será criado um novo voo direto entre Moscou e Caracas, ligando a capital dos dois países em duas frequências semanais. Os voos reação operados pela estatal Venezuela Conviasa a partir de 1.º de abril.
Esta nova operação se soma a uma oferta de rotas estabelecidas através de acordos de apoio político, como Caracas e Teerã, no Irã, via Damasco, na Síria. Desde e gestão do então presidente Hugo Chavez a Venezuela passou a voar para destinos de interesse do governo, não necessariamente com potencial econômico ou turístico.
A inclusão destas rotas ainda desafia as sanções impostas pelo Estados Unidos ao governo Síria e Irã, que condena qualquer categoria de tráfego para estes países. O atual presidente da Venezuela Nicolás Maduro mantém uma posição de contraponto ao governo norte-americano e atualmente conta com apoio de Moscou.
O governo russo não informou se a rota entre Moscou e Caracas será operada por alguma companhia aérea local, ou se manterá apenas a opção de voos da Conviasa. Atualmente a Aeroflot, principal empresa aérea da Rússia, tem operado majoritariamente em destinos rentáveis e com forte tráfego de passageiros, mesmo entre as nações que orbitam a esfera política de Moscou.
Segundo o Vice-Ministro de Transportes Aéreos da Venezuela e CEO da Conviasa, Ramón Velasquez, há ainda planos para que a companhia faça voos para a China em 2021.