Paralisação do 737 MAX obrigou a companhia brasileira rever abertura de rotas e renovação da frota
Por Gabriel Benevides Publicado em 14/05/2020, às 14h00 - Atualizado às 14h54
Gol revisou pedido do 737 MAX e deverá receber US$ 412 milhões da Boeing | Foto: Gabriel Benevides
A Boeing deu início ao pagamento da compensação financeira para a Gol, um dos seus clientes mais importantes e um dos maiores usuários da família 737, A companhia brasileira comunicou o recebimento do primeiro pagamento de US$ 86 milhões, de um total acordado de US$ 412 milhões, pagos como compensação pela proibição do uso da frota de sete 737 Max 8 parados desde março do ano passado.
Com o prolongamento da proibição dos voos com o 737 MAX, a Gol foi obrigada a reaadequar a sua malha, inclusive modificando sua operação internacional com destino aos Estados Unidos, além de ampliar o uso dos 737-800 em rotas de longo alcance.
A Gol ainda adiou a abertura de novas rotas, mudando também de maneira drástica os planos de renovação da sua frota, visto que deveria iniciar uma ampla substituição de equipamentos, aposentando diversos 737 NG, que seriam substituídos pelos 737 MAX. Originalmente a empresa tinha um pedido firme para 99 aviões da série 737 MAX 8 e outras 30 encomendas para o 737 MAX 10, a versão de maior capacidade da família 737.
A companhia Gol espera, a partir do final de maio, aumentar capacidade de operação para 12% com a reabertura de algumas bases como Navegantes, Foz do Iguaçu e Maringá, além do retorno de voos limitados em seus principais hubs em Congonhas, Santos Dumont e Galeão.