Empresário registrou pedido para nova companhia que pretende operar com aeronaves de 100 assentos
Por Gabriel Benevides Publicado em 22/07/2020, às 15h00 - Atualizado às 17h21
Fundador da Air Italy poderá reingressar na avição comercial com um modelo focado em voos regionais
O fundador da Air Italy, Giuseppe Gentile, poderá investir em uma nova operação envolvendo voos regionais com aeronaves de até 100 assentos. Originalmente o executivo planejava retomar as operações internacionais de longo curso, com o Boeing 777, mas a pandemia gerada pelo novo coronavírus mudou o cenário de transporte aéreo internacional.
Segundo o jornal italiano Corriere dela Sera, o empresário realizou um pedido de registro da nova empresa aérea as autoridades da União Europeia, com o nome de “Vias Aéreas Italianas”, com registro válido até 2030. O custo total da nova marca, por ora, foi de apenas 1.300 Euros.
A imprensa italiana afirma que Gentile solicitou licenças com direito a serviços de reservas de assentos em viagens aéreas, fornecimento por meio eletrônico de informações relacionadas ao planejamento e reserva de viagens com companhia aéreas.
Também inclui autorização para serviços de administração comercial, administração de programas para grandes viajantes, licença comercial de bens e serviços de passagens aéreas. Curiosamente o pedido prevê a autorização para comercialização e manuseio de alimentos e bebidas, incluindo serviço de café, lanchonete, preparação e fornecimento de alimentos e bebidas para consumo imediato, administração de alimentos e bebidas aos clientes.
A nova companhia poderá iniciar as suas operações no aeroporto internacional de Milão Bergamo II ao norte da Itália, que corresponde ao terceiro maior aeroporto do país com presença massiva de companhias aéreas de baixo custo como Ryanair e a húngara Wizz Air.
Em 2018, Gentile negociou um compartilhamento de voos com a Ryanair para conexões dentro da Europa, e assim, a nova companhia pudesse usar os seus 777 para rotas de longo curso, o que não se concretizou.
O novo projeto para o cenário pós-pandemia prevê agora foco no mercado regional, podendo inclusive utilizar modelos da Embraer, como a família E-Jet. Analistas acreditam que rotas ponto a ponto, com menor capacidade devem ser as primeiras a se recuperarem da grave crise atual.