Fly Aeolus, maior operadora do Cirrus SR22 na europa anuncia expansão

Operadora está preparando para expandir seu programa visando explorar a crescente demanda comercial por el monomotor de alto desempenho

Por Gabriel Benevides Publicado em 11/03/2020, às 22h00 - Atualizado às 23h40

Com sede em Antuérpia na Bélgica, a Fly Aeolus está tentando lançar serviços de fretamento com o SR22, mas para isso, está pedindo mudanças na regulamentação europeia para operar em capacidade comercial sem restrição usando os quatro lugares que a aeronave oferece. 

Com os seus serviços lançados em 2009, a Fly Aeolus deu início às suas operações servindo a Bélgica e a Holanda com apenas uma unidade do SR22 de propriedade privada. Dez anos se passaram, a operadora expandiu os seus serviços para a França e Alemanha e hoje atende estes quatro países com uma frota de 15 aeronaves no total. 

“Nosso objetivo é adicionar de dois a três SR22 por ano”, disse o co-fundador Vincent Wigmans e acrescentou: “Há muita demanda para ser explorada na França e Alemanha”.

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Para usufruir dos serviços da Fly Aeolus, os clientes precisam adquirir uma pequena participação em uma aeronave da frota da operadora, feito isso, o cliente poderá usufruir de toda a frota, e de todos os voos oferecidos em uma de suas bases. 

“Também oferecemos um programa de cartões pré-pagos com preços a partir de € 10.000 (cerca de R$ 53.000) por cerca de 15 horas para realizar vôos em nossa frota”, diz Wingmans. 

Segundo o cofundador, o SR22 se encaixa como uma aeronave ideal para voos de curta distância na Europa, sem abrir mão de um alto nível de conforto e segurança, além da capacidade de acessar mais de 1.600 aeródromos como uma maneira de “aproximar o cliente ao seu destino final”.

“Alguns de nossos clientes preferem usar o SR22 para viagens curtas e jatos de negócios para viagens mais longas”, afirma Wingmans. 

Embora a Fly Aeolus tenha uma base de clientes em constante crescimento, Vincent Wigmans gostaria de ampliar as ofertas de fretamentos de voos avulsos (ad hoc) e pré-pagos. “No momento, aviões monomotores são permitidos apenas em um certificado de operador aéreo, quando os voos estão sendo executados em condições meteorológicas visuais (VFR)” disse ele. “Isso não é o ideal para nós, por conta da quantidade limitada de luz durante o dia nos meses de outono e inverno”. 

A Fly Aeolus planeja convencer as autoridades de que muitos aviões monomotores a pistão estão sendo desenvolvidos e produzidos com um padrão alto, o cofundador cita o motor Continental “IO-550” ser bastante confiável juntamente com o SR22 que dispõe de um sistema de pára-quedas de emergência e o seu glass-cockpit produzido pela Garmin Perspective que segundo “dá uma melhor percepção da situação ao piloto por meio de um mapa móvil”, informações meteorológicas via satélite, visão sintética, opção de percepção de terreno, câmera infravermelha e abrangente proteção contra gelo são outras vantagens que o SR22 oferece. 

“Esses sistemas de segurança ainda não estão disponíveis em muitos jatos particulares que as empresas operam em táxi aéreo”, diz Wingmans. 

Na Europa, os turboélices monomotores só foram permitidos a voar comercialmente em condições meteorológicas por instrumentos somente em 2017, após mais de 20 anos de negociações entre operadores europeus, fabricantes de turboélices e a Agência de Aviação da União Europeia.

 
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