União Europeia segue Estados Unidos e adota medidas emergenciais para o Boeing 737 MAX 9
Por Wesley Lichmann Publicado em 07/01/2024, às 13h50
A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA, na sigla em inglês), aderiu hoje (7), a medida emergencial da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), que aterrou o Boeing 737 MAX 9, após um incidente em um voo da Alaska Airlines.
A Diretiva de Aeronavegabilidade de Emergência (EAD) publicada ontem pela FAA ordena inspeções imediatas em determinados Boeing 737 MAX 9. A medida não afeta nenhuma companhia aérea da União Europeia (UE), mas restringe as operações do bimotor nos países signatários.
A EAD específica que as análises devem ser realizadas nos aviões com uma configuração de baixa densidade, ou seja, de menor capacidade, cuja a "saída central da cabine é susbtituída por um painel plug-in".
"As aeronaves 737-9 que operam na Europa não possuem esta configuração e, portanto, não são aterradas pelo EAD, podendo continuar operando normalmente. A EASA está em contato com a FAA sobre este assunto e acompanhará de perto a investigação do evento da Alaska Airlines", disse a EASA em comunicado.
Turkish Airlines, Icelandair e a Corendon Dutch Airlines operam com um total de onze unidades do modelo na região. Embora a Islândia e a Turquia não sejam membros da UE, as empresas aéreas estão sujeitas aos regulamentos da EASA.
Os MAX 9 tanto da Icelandair como da Corendon não operam com o painel que cobre a porta intermediária da fuselagem, ambas possuem uma porta de saída instalada, já que adotaram uma configuração de alta densidade.
Segundo a FAA, aproximadamente 171 aviões no mundo devem ser inspecionados nos próximos dias, incluindo os jatos da United Airlines e Alaska Airlines. Ainda de acordo com a agência norte-americana, a averiguação em cada aeronave leva cerca de quatro a oito horas.