EUA vão comprar mais 375 caças F-35

Pentágono confirmou que os EUA vão comprar mais 375 caças F-35, mas número ainda é abaixo do ideal

Por André Magalhães Publicado em 20/07/2022, às 08h40

Número de caças F-35 em nível global está aumentando com novos pedidos - USAF

Os Estados Unidos vão comprar mais três lotes do F-35, com um total de 375 aeronaves para os chamados lotes 15, 16 e 17. O acordo foi confirmado pela Lockheed Martin, fabricante dos aviões, e o Pentágono, a sede a Defesa dos Estados Unidos.

Para se chagar ao novo número será necessária uma produção média de 125 aeronaves por ano, valor abaixo do esperado pela própria Lockheed Martin, que planejava "156 caças fabricados por ano", ressaltou o CEO da Lockheed Martin, James D Taiclet.

Um dos motivos para uma revisão do cenário na produção são os efeitos da pandemia, bem como a inflação volátil e custos trabalhistas, que mudaram drasticamente desde o outono do ano passado.

“Nosso plano é acelerar a adjudicação de contratos e entregar capacidade adicional de F-35 aos EUA e seus parceiros internacionais", disse Michael J. Schmidt, tenente-general da Força Aérea Michael J. Schmidt, em nota publicada pela Air Force Magazine.

Contudo, o militar ressaltou que o esse número poderá mudar caso o Congresso queira fazer ajustes para o ano fiscal de 2023, ou caso exista alguma mudança de pedido vindo de um cliente internacional.

Outro ponto ressaltado pela Lockheed Martin, mais sem maiores detalhes, foi a capacidade de atingir um custo menor por avião, mesmo com as tendências de inflação recorde dos Estados Unidos. Além disso, a versão do caça em negociação, nos blocos de 15 a 17, inclui um hardware atualizado, permitindo oficializar o upgrade do F-35 para a versão Block 4 — que oferece um maior poder de processamento.

Críticos do programa Joint Strike Fighter, que deu origem ao F-35, afirmam que o projeto que nasceu oferecendo um caça e grande capacidade e com custos competitivos, se tornou ao final o mais caro de toda a história da indústria de Defesa dos Estados Unidos. O programa deverá superar US$ 1 trilhão ao final do contrato, quando a previsão inicial, nos anos 1990, era custar menos de US$ 50 bilhões.

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