Camada extra de proteção no acesso da cabine entrará em vigor dentro de dois anos após publicação da nova regra
Por Wesley Lichmann Publicado em 16/06/2023, às 11h04
A Federal Aviation Administration (FAA), anunciou anteontem (14), que todas as novas aeronaves comerciais serão obrigadas a ter barreiras secundárias na cabine de comando. A medida visa garantir a segurança dos aviões, da tripulação e dos passageiros.
A nova exigência entrará em vigor em dois anos após a publicação da nova regra, o que está previsto para acontecer em 60 dias. As companhias aéreas norte-americanas terão até meados de 2025 para instalar as barreiras secundárias, enquanto os fabricantes são obrigados a produzir novas aeronaves comerciais já com o sistema secundário de proteção no cockpit.
"Todos os dias, pilotos e tripulações transportam milhões de americanos com segurança – e hoje estamos dando outro passo importante para garantir que eles tenham a proteção física que merecem", disse o secretário de Transporte dos Estados Unidos, Pete Buttigieg.
O aumento dos casos de passageiros indisciplinados contribuiu para acelerar a implementação do recurso, antes da nova medida, as companhias aéreas eram responsáveis por todos os procedimentos de proteção das cabines.
A FAA estima que os custos para instalar a camada de proteção extra na cabine de comando será de 35 mil doláres por aeronave.
"Nenhum piloto deveria ter que se preocupar com uma intrusão na cabine de comando", disse o administrador associado interiono da FAA para segurança, David Boulter.
O primeiro reforço no acesso das cabines de comando em aeronaves comerciais foi exigido após os atentados terroristas de 11 de setembro.
Em 2021, o governo Biden priorizou a criação de uma nova regulamentação e, em 2022, a FAA coletou informações junto ao setor para elaborar o texto final que cria a barreira adicional. A regra atende os requisitos da lei de Reautorização da FAA, aprovada pelo Congresso norte-americano em 2018.