Com maior eficiência e custos operacionais menores, os bimotores se tornaram padrão no setor
Por Gabriel Benevides Publicado em 21/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 03h24
Chegada dos modernos Airbus A350 XWB adiantaram a aposentadoria dos veteranos quadrimotores A340 da SAA
A South African Airways (SAA), companhia aérea de bandeira sul-africana, colocou à venda seus nove Airbus A340, assim como quinze motores sobressaltes e duas unidades de potência auxiliar (APU). A opção por repassar os aviões ocorre logo após a SAA receber quatro A350-900, mais eficientes e com capacidade de transporte similar.
A companhia da África do Sul enfrenta um dos seus piores momentos, com aumento das dívidas e escalada dos custos. Todavia, a South African está buscando forma de se reestruturar, inclusive optando por aeronaves mais novas, que reduzem o consumo de combustível e os gastos com manutenção. Ainda assim, a empresa afirma que as vendas não tem relação com sua situação financeira, pois antes do início do processo de recuperação da empresa, já estava previsto a venda destas aeronaves.
“Quando recebemos os cinco aviões A330-300, entre 2017 e 2018, já estava em nossos planos a venda de cinco A340, mas por motivos operacionais na malha envolvendo aeronaves em manutenção, a retirada foi adiada. Agora é o momento de vender”, justifica Zuks Ramasia, presidente executiva em exercício da SAA.
Os aviões estão divididos em dois lotes, com cinco A340-300, que operam na companhia desde 1993 e estão configurados para 251 passageiros, e quatro A340-600, recebidos em meados de 2001 e com capacidade para 317 pessoas.
“Depois que recebemos os novos Airbus A350-900 tornou-se necessário vender os nossos aviões mais antigos para acomodar os novos modelos”, complementa Ramasia. A empresa espera obter contratos de venda no curto prazo, permitindo não apenas se desfazer de parte da frota, mas também gerar um fluxo de caixa extra.
Um dos entraves aos A340 são seus quatro motores, aliado a sua capacidade similar de bimotores que operam com maior eficiência, que os tornam pouco atraentes no mercado. As principais companhias aéreas do mundo tem aposentado sua frota de aeronaves com quatro ou três motores.