Voos para o Reino Unido e para o Paquistão serão os mais afetados
Marcel Cardoso Publicado em 01/07/2021, às 14h00 - Atualizado às 16h12
Restrições sanitárias e avanço da variante indiana do coronavírus ainda prejudicam crescimento da aviação internacional
A Emirates prevê cortar 122.000 assentos na programação de voos prevista para o mês de julho. Os países com o maior número de redução na oferta são Reino Unido, o Paquistão e a Arábia Saudita.
Os dados foram enviados ao Guia Oficial da Aviação (OAG), que copila os voos previstos ao redor do mundo. A retração faz parte da estratégia da companhia árabe em adequar sua oferta a atual demanda, e ainda as restrições sanitárias ainda em vigor em diversos países.
Os Emirados Árabes Unidos ainda estão na “lista vermelha” do Reino Unido, que obriga que passageiros vindos do país passem por quarentena de 14 dias em um hotel, o que aumenta os custos totais das viagens. A restrição afeta a percepção de viagem para milhares de passageiros, que ainda aguardam uma normalização global das regras de transito internacional.
O aeroporto de Heathrow (LHR), em Londres, é o destino com o maior número de cortes, com 30.136 assentos cancelados, seguido de Karachi (KHI), no Paquistão, com 28.714, e Manchester também no Reino Unido, com 17.146 assentos a menos.
O Paquistão tem três aeroportos afetados, incluindo Peshawar (PEW) e Sialkot (SKT) que terão perdas significativas de assentos, por conta da proibição da entrada de passageiros deste e de outros doze países, resultado do avanço de casos da variante indiana do coronavírus. A Arábia Saudita seguiu o mesmo caminho, ampliando as restrições de viagens.
Por outro lado, voos para destinos onde a imunização está em alta, como Madri (MAD), Houston (IAH) e Roma (FCO), terão maior oferta de lugares ao longo do mês, mas ainda assim, com total pouco superior aos dez mil, quando somados.