Embraer e Boeing devem anunciar nome da nova empresa resultado da joint venture

Parceria na aviação comercial contará com nova marca e poderá envolver mudança de nomenclatura dos aviões

Por Edmundo Ubiratan | Fotos: Divulgação Publicado em 22/05/2019, às 17h00 - Atualizado às 21h28

Nova empresa resultante da joint venture da Boeing e Embraer será responsável pela divisão de aviação comercial da fabricante brasileira

A Boeing e Embraer deverão anunciar amanhã (23) o nome da nova empresa resultante da união das duas empresas. A data foi confirmada por Marc Allen, executivo presidente da joint venture. A empresa, por ora, é chamada apenas de NewCo.

O anuncio ocorre cinco meses após as duas empresas assinarem os termos do controle dos negócios da divisão de aviação comercial da Embraer. O acordo, avaliado em aproximadamente US$ 4,2 bilhões, prevê que a Embraer transferirá para a Boeing o controle de 80% de sua unidade de aviação comercial, responsável pela produção da família E-Jet e E-Jet E2.

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Partindo do padrão da Boeing em relação a suas subsidiárias, é provável que a nova unidade seja redesignada como Boeing Brasil.

Existe a expectativa que a família E-Jet também seja renomeada, adotando uma nomenclatura mais próxima dos produtos da Boeing. O acordo final da joint venture deverá ser concluída até o final do ano.

Embraer Aviação Executiva não faz parte do acordo com a Boeing e continua sob controle dos brasileiros

A parceria para venda do cargueiro militar KC-390, não deverá ser envolvido no processo de rebatismo da marca. Enquanto a Embraer continua controlando integralmente a divisão de aviação de negócios, que não faz parte do acordo com a Boeing

AIRBUS E BOMBARDIER

O acordo entre a Boeing e Embraer ocorre meses após a Airbus e a canadense Bombardier finalizarem um processo similar envolvendo o programa CSeries.

A Airbus assumiu o controle majoritário do programa CSeries em  julho de 2018, se tornando acionista majoritária da CSeries Aircraft Limited Partnership (CSALP), com uma participação de 50,01%, seguido da Bombardier com 31% e da Investissement Quebec (IQ) com 19%. Ainda que a Bombardier detenha particpação no projeto, por estratégia de mercado a família CSeries foi redesignada como A220, seguindo um padrão próximo ao adotado pelo fabricante europeu em sua linha de produtos. A escolha da série "A2xx" está alinhada com a ideia de ser uma divisão de aviação regional, antecedendo a fam[ilia A320 dedicada a rotas de maior densidade.

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