Steve Dickson vai se aposentar. Piloto famoso por pouso de avião no Rio Hudson pode assumir
Marcel Cardoso Publicado em 17/02/2022, às 09h25
O líder da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA), Steve Dickson, de 64 anos, irá renunciar ao cargo no fim de março e vai se aposentar.
Dickson foi nomeado pelo então presidente Donald Trump, em agosto de 2019, cinco meses após o início da crise envolvendo o Boeing 737 MAX, que estava com as operações interrompidas após dois acidentes fatais que mataram mais de 340 pessoas.
No fim de 2020, o gestor pilotou uma aeronave do modelo, depois do órgão ter exigido melhorias no treinamento e no software. Em seguida, a recertificação foi concedida à fabricante, que agora enfrenta problemas com a fabricação do 787 Dreamliner. Na quarta-feira (16), a FAA decidiu que as entregas do widebody, interrompidas há quase um ano, serão certificadas individualmente.
Além deste imbróglio, Dickson teve de enfrentar os problemas causados pela pandemia de covid-19, que atingiu profundamente o setor, causando o ‘groundeamento’ de centenas de aeronaves, demissões e prejuízos bilionários às companhias norte-americanas, que estão entre as maiores do mundo, além da multiplicação de casos envolvendo passageiros indisciplinados nos voos pelo país e das incertezas com as interferências da implantação da tecnologia 5G na operação dos aeroportos.
Um potencial substituto, segundo a imprensa internacional, é o Comandante Sully Sullenberger, o mais novo representante dos Estados Unidos no Conselho da Organização Internacional da Aviação Civil (Icao). Ele se tornou conhecido mundialmente em 2009, quando pousou em segurança um Airbus A320-200 da extinta US Airways no Rio Hudson, em Nova York, após os dois motores da aeronave terem sofrido bird strikes (colisões com pássaros).
A decisão está nas mãos do presidente Joe Biden.