Retomada recorde da China demonstra potencial do mercado doméstico e capacidade econômica do país
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 16/06/2020, às 14h10 - Atualizado às 15h10
China deverá encerrar o mês com 80% do tráfego aéreo registrado em 2019, demonstrando rápida retomada da aviação regular
A expectativa que até o final deste mês de junho, os índices da aviação doméstica da China se aproximem dos 80% do registrado no ano passado, nos meses que antecederam a pandemia no gigante asiático.
A projeção feita pela CAPA - Centre for Aviation prevê que a medida que a China se recupere da crise da covid-19, a aviação doméstica, atualmente a maior do mundo, registre um crescimento gradual até meados de outubro, quando deverá atingir 90% da demanda existente no mesmo período de 2019.
A China foi o primeiro país a sentir os impactos da pandemia, mas a indústria local manteve relativa normalidade durante todo o tempo, auxiliando a retomada do crescimento do país. Até dezembro a CAPA prevê que a aviação doméstica chinesa atinja 93% da demanda existente em 2019, tornando assim o país asiático o primeiro a recuperar quase a plenitude de sua demanda.
O restante do mundo deverá, na média, levará aproximadamente dois anos para recuperar os mesmos números de 2019. Em 2019 a China movimentou 817 milhões de passageiros, quase o dobro dos Estados Unidos, com 484 milhões no mesmo período. O gigante asiático assistiu um crescimento vertiginoso do transporte aéreo nas últimas duas décadas, passando a modernizar toda sua infraestrutura aeroportuária e frota, hoje uma das mais modernas do mundo.
Segundo a IATA, mesmo com os efeitos da pandemia, o mercado doméstico chinês deverá movimentar já em 2023 um total de 1,3 bilhão de passageiros por ano, superando com ampla margem dos Estados Unidos, que por várias décadas liderou o mercado de aviação doméstica. Além disso, será a primeira vez que um mercado interno atingirá a marca de 1 bilhão de passageiros. Comparativamente, a China será ao menos dez vez maior que o mercado brasileiro.