Depois de 53 dias, funcionários da Boeing encerram greve

Funcionários da Boeing aceitaram um aumento salarial de mais de 40% e encerraram uma greve que durou 53 dias

Por Marcel Cardoso Publicado em 05/11/2024, às 08h15

Movimento grevista impactou a produção e a entrega de aeronaves - Divulgação

Os mais de 30.000 funcionários da Boeing aprovaram, em sua maioria, na madrugada desta terça-feira (5), um novo acordo coletivo oferecido pelo fabricante e encerraram a greve que durou 53 dias e que afetou a produção e a entrega de aeronaves.

Com duração de quatro anos, ele inclui um aumento salarial composto de 43,65%. Esse percentual resulta de um aumento inicial de 13% no primeiro ano, seguido de 9%, 9% e 7% nos anos subsequentes. Além disso, o acordo prevê um bônus de ratificação de US$ 12.000 (R$ 69.500), que combina um bônus anterior de US$ 7.000 (R$ 40.500) e um adicional de US$ 5.000 (R$ 29.000) para o plano de pensão dos trabalhadores. 

O contrato também oferece outras melhorias, como um plano de invalidez de longo prazo, aprimoramentos no plano de invalidez de curto prazo, contenção de custos com saúde, melhores condições para horas extras e garantias de segurança no emprego.

Boeing CEO Kelly Ortberg shared a statement on the approval of a 4-year contract by our production and maintenance teammates here in the Pacific Northwest. pic.twitter.com/2vDDWW1OV8

— Boeing in Washington (@BoeingWA) November 5, 2024

A Boeing havia feito duas propostas anteriores a esta, mas ambas foram rejeitadas. A paralisação impactou significativamente a produção de aeronaves e a situação financeira da empresa. Analistas estimam que a paralisação prolongada esteja resultando em perdas de aproximadamente US$ 1 bilhão (R$ 5,79 bilhões) por mês para a empresa.

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