Resultado da IAG reflete o impacto da pandemia da covid-19 no setor aéreo em todo o mundo
Por Martin Romero Publicado em 26/02/2021, às 13h50 - Atualizado às 14h01
Fechamento de fronteiras foi um dos maiores responsáveis pela crise no setor aéreo mundial
A International Airlines Group, conglomerado que reúne as companhias aéreas British Airways e a Iberia, registrou prejuízo de US$ 8,5 bilhões (R$ 47,4 bilhões) em 2020.
Embora o grupo tenha aumentado significativamente a quantidade de voos exclusivamente cargueiros, com 969 deles operados apenas quarto trimestre, isto não foi o suficiente para amenizar os resultados financeiros do ano.
A IAG divulgou as demonstrações financeiras de todas as companhias aéreas que fazem parte do grupo, ao invés de fazê-lo separadamente. Como esperado o resultado foi muito pior em 2020 do ano anterior. O prejuízo líquido atingiu a marca de US$ 8,4 bilhões, ante lucro de US$ 2,1 bilhões em 2019.
O resultado negativo foi causado em grande parte pela grande queda na receita no transporte de passageiros, devido à pandemia da covid-19, que reduziu 75,5%, passando de US$ 27,2 bilhões para US$ 6,7 bilhões.
Ao longo do ano, 84 aeronaves deixaram a frota das companhias do grupo, enquanto 34 novas foram incorporadas. Um saldo negativo de 50 aeronaves. Destaque para as aposentadorias da frota de 32 Boeing 747-400 da British Airways e dos quinze Airbus A340-600 da espanhola Iberia.
Dentre as aeronaves que entraram na frota em no ano passado, 24 eram da família Airbus, com quinze A320neo, dois A330neo e sete A350. Da Boeing foram quatro 777-300ER e dois 787-10, enquanto também chegaram quatro aeronaves Embraer E190. A IAG possui atualmente 121 encomendas pendentes de recebimento, incluindo dezoito Boeing 777-9.
Transporte de cargas cresceu ao longo de 2020, mas não foi suficiente para equilibrar as contas