Companhia aérea terá que pagar R$ 6,3 milhões por acidente que matou 152 pessoas. Avião já operou no Brasil
Marcel Cardoso Publicado em 15/09/2022, às 18h23
A Yemenia Airways, com sede no Iêmen, terá de pagar R$ 6,3 milhões em multas, indenizações e honorários advocatícios por conta de um acidente envolvendo um Airbus A310-300 (7O-ADJ) nas Ilhas Comores, na África.
A decisão partiu de um tribunal da França, país onde partiu o voo IY626, em 30 de junho de 2009. Na ocasião, a aeronave, que cumpria um voo procedente de Paris (CDG), com escalas em Marselha (MRS) e Saná (SAH), estava em aproximação para o aeroporto de Moroni (HAH), o principal do arquipélago, quando caiu em uma praia nos arredores da pista, em condições climáticas adversas.
Das 153 pessoas a bordo, apenas uma adolescente de 12 anos sobreviveu. Bahia Bakari foi encontrada por um barco de resgate onze horas depois do acidente, agarrada aos destroços do avião que estavam flutuando no Oceano Índico. Ela teve múltiplos ferimentos. Sua mãe morreu no acidente.
O relatório final das investigações do acidente, divulgado em junho de 2013, apontou ações inadequadas da tripulação nos comandos de voo.”A atenção da tripulação estava voltada para o gerenciamento do trajeto da aeronave e da localização da pista, e provavelmente não dispunha de recursos mentais suficientes nesta situação estressante, para responder adequadamente aos diferentes alarmes”, segundo o documento.
O 7O-ADJ fez o seu primeiro voo em 1990 e teve passagem por cinco companhias aéreas, incluindo a Passaredo Linhas Aéreas (hoje Voepass Linhas Aéreas) e a BRA - Brasil Rodo Aéreo.