Colapso suspendeu voos de companhia aérea na Índia

Go First responsabilizou fabricante de motores por colapso financeiro

Por Marcel Cardoso Publicado em 02/05/2023, às 14h46

Mais da metade da frota do Airbus A320neo está inoperante por problemas nos motores - Divulgação

A indiana Go First anunciou hoje (2) a suspensão de todos os voos por pelo menos três dias e também com um pedido de recuperação judicial, por conta de um colapso financeiro.


A companhia responsabilizou o fabricante de motores Pratt & Whitney pela crise, por supostamente ter se recusado a repor equipamentos em mais da metade da frota da família A320neo da empresa, que está inoperante desde dezembro de 2022.

Em paralelo, a Go First entrou com um processo contra a PW, pedindo uma indenização de US$ 977 milhões (R$ 4,93 bilhões), bem como a suspensão de um benefício financeiro concedido por um tribunal de Cingapura, no início do ano. Procurada, a empresa ainda não se manifestou sobre o caso.

"A Go First lamenta profundamente a interrupção e os inconvenientes que isso causará a seus clientes, parceiros de viagens, credores e fornecedores e, em particular, aos seus próprios funcionários que permaneceram leais e cresceram com a Go First ao longo dos anos. (...) "No entanto, mesmo esse apoio coletivo e significativo não foi suficiente para evitar os enormes danos causados pelos motores defeituosos e defeituosos de Pratt e Whitney", segundo trecho de uma nota publicada pela companhia.

Anteriormente conhecida como GoAir, a Go First foi fundada em 2005 e ganhou a nomenclatura atual dezesseis anos depois. A empresa é controlada pela Wadia Group, um conglomerado multinacional indiano que possui investimentos em seis ramos de negócios, incluindo a aviação.

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